‘Tempestade perfeita’ derruba estas ações em mais de 10% hoje; é hora de comprar?
Investing.com – Apesar de terem começado o pregão em queda, as ações da Raízen (BVMF:RAIZ4) inverteram tendência e subiam na tarde desta segunda-feira, 17 de fevereiro, em repercussão ao balanço e às estratégias ressaltadas em conferência de resultados. Às 15h26 (de Brasília), os papéis preferenciais avançavam 3,39%, a R$1,83.
A percepção de analistas é de que, mesmo com um trimestre difícil, mudanças em curso na companhia podem resultar em melhores indicadores nos próximos trimestres. A empresa atua na reestruturação financeira, pausando o lançamento de novos projetos, diante de um cenário macroeconômico mais desafiador, com alta na taxa de juros brasileira. Para retomar o equilíbrio, serão necessários ajustes, com concentração nos ativos de açúcar e etanol, entre outros pontos considerados essenciais.
A companhia registrou prejuízo líquido de R$2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25, revertendo lucro de R$793,3 milhões apurado no mesmo período da temporada anterior. Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado d Raízen atingiu R$3,12 bilhões, queda anual de 20,5%.
Os dados foram considerados como neutros pelo Itaú BBA, que citou Ebitda ajustado abaixo das suas estimativas e do consenso de mercado. No entanto, o banco ressalta as mudanças na liderança e na estratégia visando a otimização da estrutura de capital.
“Isso envolve melhorar a eficiência operacional e revisar ativos para simplificar e fortalecer os negócios principais em distribuição de combustível e açúcar e renováveis”, apontou o banco.
Os analistas Monique Martins, Bruna Amorim e Eric de Mello entendem que a companhia proporciona boa relação entre risco e recompensa diante do início do seu processo de recuperação, mas alertam que “as atuais fraquezas em seu balanço e a visibilidade limitada sobre os processos de recuperação de eficiência e desalavancagem podem prejudicar o otimismo dos investidores de curto prazo”. O Itaú BBA possui recomendação outperform para as ações da Raízen, equivalente à compra, com preço-alvo de R$4,5.
O BTG (BVMF:BPAC11), que também indica compra para as ações, com preço-alvo de R$7, afirma que “ninguém disse que seria fácil”, em referência ao processo de alterações na companhia. Esse seria o primeiro trimestre desde o anúncio de mudanças que visam o retorno “ao básico”.
Este teria sido “um trimestre (ou talvez mesmo um ano) confuso e, na sua maioria, com um desempenho insuficiente”, disseram os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla, Gustavo Fabris, Luiz Carvalho e Pedro Soares. No entanto, o banco reforça que segue com visão positiva com esperança de melhorias no perfil do fluxo de caixa, possível driver para os papéis.
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