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Resultados do 2T23 vieram abaixo do esperado? Melhores e piores, segundo analistas

Publicado 18.08.2023, 15:40
Atualizado 18.08.2023, 15:40
© Reuters.

Investing.com – Em um ambiente de juros elevados no cenário doméstico e internacional, termina a temporada de resultados do segundo trimestre deste ano de empresas brasileiras, com analistas com visões mistas sobre um balanço geral do período.

No entanto, os indicativos sobre os dados vieram de mistos a abaixo do esperado, sendo a surpresa negativa a mais apontada por especialistas consultados pelo Investing.com Brasil.

Confira os dados previstos de LPA e receita esperados e verificados no Calendário de divulgação de balanços

Expectativas e resultados do segundo trimestre

Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco BTG (BVMF:BPAC11) afirmou que os resultados, desconsiderando Petrobras (BVMF:PETR4) e Vale (BVMF:VALE3), vieram quase em linha com o esperado, com receita e Ebitda levemente superior às projeções, enquanto o lucro líquido ficou ligeiramente abaixo. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, os resultados vieram fracos, ressalta o banco, com queda na receita consolidada de 3,7%, no Ebitda de 9,1% e no lucro líquido de 10,6%. No entendimento dos analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla, as empresas de alimentos foram o principal motor negativo dos resultados domésticos.

Na análise qualitativa, o BTG considera que 36% das empresas reportaram bons resultados, enquanto 25% vieram do lado fraco. “Houve uma pequena melhora em relação ao 1T23, quando 27% das empresas relataram resultados fracos. Em 2022, em média, 26% das empresas reportaram fracos resultados fracos”, compara. “Em comparação com as médias dos anos anteriores, o 2T23 foi apenas marginalmente pior do que 2021 (18% das empresas tiveram resultados fracos), melhor que 2020 (29%), um pouco pior que 2019 (22%) e em linha com 2018 (24%)”, completa.

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Na visão de Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, no geral, os resultados vieram abaixo do esperado. “No agregado do Ibovespa, o lucro das empresas decepcionou as estimativas em 9%, com uma queda de 41% nos lucros, em bases anuais. No agregado do Índice Small Caps, a decepção foi maior ainda: 17% abaixo das projeções, e com 37% de queda de lucro”, lamenta a analista. “Mas isso não significa que é para fugir da bolsa, porque esses resultados ficaram para trás. Quem comprar bolsa, hoje, vai pegar os resultados daqui para a frente”, pondera Quaresma.

Enquanto isso, Fernando Siqueira, Head de Research da Guide Investimentos, concorda que a temporada não foi boa, apesar de casos específicos, com dado agregado da Bloomberg indicando que os balanços ficaram 5% abaixo do esperado em termos de lucro. Segundo Siqueira, essa avaliação pode ser percebida ainda pelas variações dos papéis individuais, pois as reações que mais chamaram atenção foram do lado negativo.

“A Vale, por exemplo, divulgou resultados que não agradaram muito, a Petrobras também teve dados fracos, inclusive também teve uma queda significativa depois do resultado e, mais surpreendente também, eu diria Bradesco (BVMF:BBDC4) que divulgou um resultado bem fraco e que também teve uma reação bem negativa do mercado”, aponta Siqueira.

A temporada de resultados foi um mix de surpresas positivas e negativas, avalia Carlos André Vieira, analista-chefe do TC.

Quais destaques negativos e positivos?

Quaresma elenca como destaques negativos as empresas de commodities, especialmente de minério, como Vale e CSN Mineração (BVMF:CMIN3)), aço, com Companhia Siderúrgica Nacional (BVMF:CSNA3), e agrícolas, com São Martinho (BVMF:SMTO3). Na ponta positiva, os destaques foram as empresas de telefonia Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3) e Tim (BVMF:TIMS3)), tecnologia, com Locaweb (BVMF:LWSA3)) e saúde, com Hapvida (BVMF:HAPV3) e Rede D'Or São Luiz (BVMF:RDOR3). “No caso das empresas de commodities, boa parte dessa expectativa baixa já estava no preço, mas, ainda, a decepção pesou”, completa Quaresma.

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Vieira cita como resultados positivos os da Eletrobras (BVMF:ELET3), Lavvi (BVMF:LAVV3) e Moura Dubeux Engenharia (BVMF:MDNE3). “Na Eletrobras, foram observadas margens operacionais melhores que o esperado, já reflexo de menores despesas com pessoal, reflexos da privatização. Em construção civil, destaque para a Lavvi e Moura Dubeux, que conseguiram mostrar um mix de boa execução, crescimento da receita, lucro líquido e rentabilidade”, detalha. O analista-chefe do TC aponta ainda o balanço da JBS (BVMF:JBSS3), que vinha apresentando queda nos dados, mas conseguiu realizar uma administração eficaz do seu capital de giro e reduzir os seus níveis de dívida.

Como destaques negativos, Vieira inclui a Taurus (BVMF:TASA4), que segue apresentando queda relevante na sua receita, uma vez que o governo federal instituiu restrições à compra de armamentos e aos clubes de tiro. Segundo o especialista do TC, o Banco BMG (BVMF:BMGB4) também reportou resultados muito ruins, com aumento da inadimplência e do custo de captação de recursos, que fizeram com que o banco reportasse um resultado operacional negativo, evento que considera raro entre instituições financeiras.

“Por fim, no setor de indústria, a Romi (BVMF:ROMI3) mostrou queda nos volumes de vendas de máquinas e peças fundidas e usinadas, além de um recuo na sua carteira de pedidos de cerca de 85%, com uma menor demanda no setor de energia eólica, que necessita de um alto investimento e vem perdendo cada vez mais subsídios para executar novos projetos, devido à queda no preço da energia elétrica”, completa Vieira.

Do lado positivo, Siqueira evidencia o balanço das empresas de frigoríficos, como JBS (BVMF:JBSS3)e BRF (BVMF:BRFS3), que vinham passando por sequências de resultados fracos, mas agora indicam um processo de recuperação em curso. “Foi mais surpreendente nesse sentido. Não que os números tenham sido maravilhosos”, pondera, ao indicar ser possível ver uma luz no fim do túnel. Além dos alimentos, as empresas de educação são realces, mesmo com ruídos para o setor após os dados da Ânima.

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Últimos comentários

reflexo do governo do amor.
Os resultados foram afetados por juros estratosféricos do BC.
No fim os amigos do rei, tipo JBS melhoraram suas dívidas e os não-amigos desmelhoraram
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