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Resumo das notícias da semana

Publicado 01.04.2016, 17:49
© Reuters.  Resumo das notícias da semana

Investing.com - O dólar inverteu a tendência de alta nas duas últimas semanas e cedeu 3,3% nesta semana, empurrando a moeda para a maior queda mensal frente ao real desde o final da década de 1990. O dólar caiu 10,6% e tocou a mínima de R$ 3,53, que não era alcançado desde agosto do ano passado.

A desvalorização da moeda norte-americana foi impulsionada por um movimento global após o tom dovish da presidente do Fed, Janet Yellen, que disse que o banco deve agir cautelosamente. Os mercados entenderam que a elevação das taxas de juros deverá demorar mais para ocorrer e novo aumento passou a ser previsto para novembro.

O Índice Dólar – que compara o dólar frente a uma cesta de moedas – cai pelo quinto pregão consecutivo e toca os 94,30 pontos.

O ambiente interno também contribuiu para a valorização do real, com o Banco Central atuando diariamente no mercado com leilões de rolagem e swaps cambiais reversos.

No front político, a incerteza em relação ao impeachment com notícias positivas e negativas para ambos os lados dificulta uma posição mais firme dos investidores. O enfraquecimento da presidente Dilma foi um dos principais motores dos ganhos do Ibovespa, que disparou 17% em março.

PMDB. O partido decidiu deixar a base aliada em uma costura política que vinha se desenrolando há meses. A decisão não surpreendeu, pois a derrota do lado governista era tida como certa. Os ministros do partido, contudo, lutam para permanecer no cargo e tem demostrado apoio à presidente.

Impeachment. O ex-presidente Lula tem atuado no varejo negociando votos contra o impeachment na Câmara dos Deputados com foco nos partidos de menor porte, condicionado à liberação de emendas parlamentares e cargos deixados pelo PMDB. Não há, nem na oposição nem no governo, certeza se ganharão a votação no plenário da Câmara. Lula também conseguiu uma vitória com a decisão do STF de levar para a corte a investigação que vinha sendo conduzida em Curitiba pelo juiz Sergio Moro.

Lava-Jato. Em uma semana que termina melhor do que começou para o governo, a Polícia Federal iniciou a 27ª fase da operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro no banco Schahin, ligada à corrupção na Petrobras (SA:PETR4). Sem estar diretamente ligada ao ex-presidente, a investigação assusta o PT com a prisão do ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira e de Ronan Maria Pinto, em um caso que aproxima a Lava Jato ao assassinato do prefeito petista de Sant André (SP) Celso Daniel em 2002, episódio que foi narrado por Marcos Valério, condenado no Mensalão.

Juros. O Banco Central descartou reduzir as taxas de juros e reviu suas projeções econômicas para os próximos anos. O banco agora acredita que a inflação convergirá para a meta somente em 2018 e o crescimento do PIB ficará negativo em 3,5% neste ano. A piora das previsões e um posicionamento mais firme pela manutenção da taxa Selic fez com que os DIs subissem.

Empresas

Petrobras. A companhia (SA:PETR4) reverteu a queda da semana passada e subiu 7% tocando os R$ 9, patamar que não era visto desde meados do ano passado. A ação, contudo, cedeu com a desvalorização do petróleo no mercado internacional. A petroleira anunciou corte de diretorias e cargos comissionados e lançou novo programa de demissão voluntária para reduzir em R$ 33 bilhões seus gastos até 2020.

Vale. A mineradora (SA:VALE5) consolidou sua terceira semana consecutiva de alta, acumulando ganhos de 33% em março. A empresa conseguiu se descolar da cotação diária do minério de ferro, que cedeu ao longo da semana. Nesta sexta-feira, a Reuters informa que a Vale considera deixar a parceria com a Thyssen-Krupp na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).

Eletrobras (SA:ELET3). A estatal divulgou prejuízo de R$ 10,4 bilhões no quarto trimestre de 2015, quase 10 vezes superior que igual período do ano anterior, aprofundado por baixas contábeis. A empresa contratou o Credit Suisse para auxiliar na venda de ativos da Eletrosul.

Gol. A aérea anunciou um prejuízo de R$ 1,13 bilhão no último trimestre do ano passado, totalizando R$ 4,29 bilhões no ano. A empresa informou que irá cortar entre 15% e 18% suas decolagens em 2016 e que possui 20 aeronaves ociosas para a malha prevista. O CEO da Gol, Paulo Kakinoff, descartou risco de insolvência no curto prazo e a empresa contratou a PJT Partners para assessorar na reestruturação de capital.

CSN (SA:CSNA3). A siderúrgica lucrou R$ 2,37 bilhões no 4T15 com efeito contábil da combinação de negócios de mineração. A empresa anunciou elevação em 10% do preço do aço a partir de abril.

Commodities

Petróleo. A commodity encerrou a semana com forte baixa de 7% com o fim do rali iniciado em meados de fevereiro que impulsionou o barril acima dos US$ 40. As incertezas em relação à reunião entre a Rússia e a Opep marcada para Doha no dia 17 aumentaram com a decisão da Arábia Saudita de não fechar o acordo sem o Irã. O país persa não pretende congelar a produção antes de eleva-las para seu patamar histórico antes das sanções ocidentais ao seu programa nuclear.

Soja. A colheita avança e atinge 25% da área plantada no Rio Grande do Sul, com produtividade de 50 sc/ha.

Aço. A produção de aço bruto deve cair 1% em 2016.

Energia. A Aneel definiu que abril terá bandeira tarifária verde, o que elimina a cobrança extra na conta de luz a partir desta sexta-feira. O consumo de energia em fevereiro caiu 5% segundo a EPE.

Indicadores

Balança comercial. O país registrou superávit de US$ 4,4 bilhões em março o maior para o mês desde 1989.

Dívida. A dívida pública avançou 2,53% em fevereiro.

Automóveis. As vendas de carros comerciais novos caem 23% em março.

Cerveja. A produção retraiu 18% em março e 7% no trimestre.

Supermercado. Vendas subiram 2,92% em fevereiro.

Inflação. IPC-S desacelerou para 0,5% em março. IGP-M caiu para 0,51% no mês passado. IPC-Fipe fechou em 0,92% na terceira quadrissemana de março.

PIB. Argentina avançou 0,9%. Canada cresceu 0,6%. Reino Unido aumentou 0,6%.

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