MDNE3: Moura Dubeux bate consenso de receita e lucro no 2T25; rali continua?
Investing.com - A cotação do petróleo sofreu com a pressão de baixa nesta semana e cedeu 11%, sendo negociado abaixo dos US$ 30 durante a maior parte do pregão de sexta-feira. A commodity atraiu a atenção dos mercados com novas previsões que apontam que o preço poderá descer até próximo dos US$ 20.
O pessimismo com o petróleo tem como base a sobreoferta da commodity no mundo e qualquer informação que aponte uma redução da demanda ou nova oferta de óleo provoca mais baixas. Nesta semana, dois fatos principais puxaram o óleo para baixo: pela demanda, a crise no mercado chinês, que sugere que o país pode ter um crescimento ainda menor; e pela oferta, o retorno das exportações do Irã no mercado internacional com o fim das sanções.
Em 2015, o petróleo caiu 30 %, tendo iniciado o ano a US$ 66/b e encerrado a US$ 37/b. Neste ano, a derrocada segue forte e, em duas semanas, a commodity já desabou 20%.
China. A batalha do governo chinês com o mercado financeiro teve novos capítulos nesta semana. Enquanto a ditadura trabalha para manter o preço do iuan estável, o mercado continua a promover sell offs das ações, derrubando os preços e colocando pressão sobre o governo.
Petrobras. A semana foi conturbada para a principal empresa do Brasil. No front econômico, o petróleo em queda livre pesou sobre as ações da companhia (SA:PETR4), que fecharam a semana com desvalorização de 17%.
Na seara política, a presidente Dilma, em entrevista coletiva no Planalto, afirmou que o governo não descarta capitalizar a empresa, o que provocou forte queda das ações na sexta-feira. Dirigentes da petroleira, que iniciou a semana cortando investimentos, correram para enfatizar para o mercado que confia na sua política de desinvestimentos e não considera a capitalização.
A companhia divulgou ter batido sua meta de produção em 2015, com aumento de 4,6% na extração de petróleo.
Vale. A companhia sofreu na semana com a queda dos preços do minério de ferro com o pessimismo na China. As ações preferenciais (SA:VALE5) perderam 11,7%. A mineradora sacou US$ 3 bilhões de crédito rotativo para amortizar dívidas.
Rumo/ALL. O destaque negativo do Ibovespa na semana, entretanto, foi a empresa de logística Rumo/ALL (SA:RUMO3) que desabou 45% com dúvidas do mercado sobre sua capacidade de pagar dívidas e realizar os investimentos anunciados. A controladora Cosan afirmou que aportará R$ 250 milhões em captação da empresa, de um pacote de R$ 2 bilhões ainda não aprovados.
Usiminas. As siderúrgicas sofreram com a desaceleração chinesa e sofreram com forte desvalorização de suas ações nesta semana. A Usiminas (SA:USIM5) perdeu 17% na semana e passou ter seus papéis negociados em centavos. A empresa mantém planos de demitir 4 mil funcionários em Cubatão.
Dólar. A moeda norte-americana valorizou pela terceira semana consecutiva frente ao real e fechou sexta-feira negociada a R$ 4,0486, avanço de 0,6%.
Commodities
Soja. O clima adverso no Centro-Oeste deverá atrasar as entregas da commodity, acreditam as tradings. A semana também marcou a revisão da safra por consultorias do mercado. A Celeres reduziu para 98,8 milhões de t; Safras diminuiu para 99,8 milhões de t; e Conab para 102,1 milhões de t.
Açúcar. A moagem das usinas do Centro-Sul ficou em 10,4 milhões de t de cana-de-açúcar na segunda quinzena de dezembro, quase três vezes superior a igual período de 2014, de acordo com a Unica.
Cobre. A cotação do metal atingiu baixas de seis anos com a desaceleração da China.
Energia. O consumo de energia no Brasil caiu 9,6% no início de janeiro. O setor, que acrescentou 6,4 GW em novas usinas em 2015, tem risco zero de racionamento neste ano, segundo o comitê de monitoramento.
Carne. A associação de proteína animal alertou para alta nos preços da commodity provocada pela escassez de milho e farelo.
Café. O IBGE estima em 49,7 milhões de t a safra 2016 de café.
Combustíveis. As vendas de combustíveis caíram pela primeira vez em dez anos no país. Em 2015, as distribuidoras venderam 3,4% a menos, com destaque para o aumento do volume de etanol hidratado.
Politica
Orçamento. A presidente Dilma sancionou o Orçamento de 2016 sem vetos, mantendo a previsão de arrecadação da CPMF, e a lei de repatriação de recursos. Em entrevista a jornalistas no planalto na sexta-feira (15/1), afirmou que é necessário mais crédito para retomar o crescimento da economia.
Indicadores
IBC-BR. O Banco Central divulgou queda de 0,52% na atividade econômica do país em novembro.
Desemprego. A PNAD Contínua do IBGE registrou desemprego de 9% no trimestre encerrado em outubro.
Varejo. As vendas do varejo surpreenderam e subiram 1,5% em novembro.
Cimento. A demanda por cimento caiu 9,2% em 2015, retornando aos níveis de 2011.
Inflação. O IPC-Fipe avançou 0,88% na primeira quadrissemana de janeiro. IGP-M tem alta de 0,41% na primeira prévia. IGP-10 desacelera para 0,69%, pressionado pelo atacado.
Papel ondulado. As vendas de papel ondulado caíram 16% no trimestre encerrado em novembro.
Comércio. O resultado do comércio caiu 7,8% em novembro.
Serviços. O setor registrou queda de 6,3% em novembro.
Material de construção. As vendas caíram 12,6% em 2015, retornando ao patamar de 2007.
Imóveis. Lançamentos e vendas diminuíram 16% no trimestre encerrado em novembro.
PIB Peru. O PIB do país avançou 3,96%.
PIB Alemanha. A maior economia da Europa cresceu 1,7% em 2015.
Exportação China. As vendas caíram 1,4% em dezembro. http://br.investing.com/news/indicadores-econ%C3%B4micos/exporta%C3%A7%C3%B5es-da-china-em-dezembro-caem-1,4,-menos-que-o-esperado-159325
Produção Industrial EUA. O índice recuou pelo terceiro mês seguido em dezembro.
Estoque de gasolina EUA. O armazenamento do combustível cresceu 8,4 milhões de barris na semana, contra previsão de 2,7 milhões de barris.
Estoque de petróleo EUA. O armazenamento de petróleo avançou 234 mil barris, contra expectativa de 2,5 milhões de barris.