O Santander Brasil (BVMF:SANB11) registrou lucro líquido gerencial (que exclui o ágio de aquisições) de R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 28% em relação ao mesmo período de 2021. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a baixa foi de 23,5%.
Nos dois períodos de comparação, pesaram as maiores provisões do banco contra a inadimplência, em um cenário de atrasos mais acentuados. Ao mesmo tempo, a margem financeira bruta da instituição caiu, diante das perdas registradas pela tesouraria.
As margens do Santander recuaram 13,8% em um ano, enquanto a receita com serviços caiu 2,1, o que levou à queda do resultado líquido. O resultado operacional do Santander foi de R$ 3,321 bilhões, baixa de 46,5% em um ano.
Na margem financeira bruta, o resultado foi sustentado pela margem com clientes, que reflete o resultado com operações para empresas ou pessoas físicas, e que foi de R$ 14,143 bilhões, alta de 17% no espaço de um ano.
Segundo o Santander, os números cresceram em relação a 2021 graças ao ajuste do mix de crédito, à mudança nos preços dos empréstimos e também à maior seletividade. Além disso, a margem de produtos ganhou fôlego diante dos maiores volumes e de um mix mais favorável.
Já a margem com mercado, que contabiliza os resultados com tesouraria, foi negativa em R$ 1,545 bilhão. O resultado é fruto da sensibilidade negativa do banco, nesta frente, às taxas de juros. No segundo trimestre deste ano, a tesouraria do Santander já havia anotado perdas pelo mesmo fator.
Já o spread (diferença entre custo de captação e os juros cobrados dos clientes) anualizado do Santander subiu 0,4 ponto porcentual em um ano e foi de 10,7%.
Patrimônio e rentabilidade
O Santander Brasil chegou a setembro com R$ 1,006 trilhão em ativos, alta de 3,8% em um ano, e de 2% em três meses. O banco comenta que o resultado se deu pelo crescimento da carteira de crédito, das aplicações interfinanceiras de liquidez e da carteira de câmbio.
No mesmo período, o patrimônio líquido da instituição chegava a R$ 81,077 bilhões, alta de 4,5% em um ano.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) do Santander porém, recuou: ficou em 15,6%, uma retração de 6,8 pontos porcentuais ante o mesmo intervalo de 2021, e de 5,2 p.p. em três meses.