AMSTERDÃ (Reuters) - O grupo de engenharia naval SBM Offshore (AS:SBMO) disse que uma investigação no Brasil sobre o seu papel em casos de corrupção não foi resolvida, e a empresa destinou uma verba adicional de 238 milhões de dólares nesta segunda-feira para cobrir os custos de um inquérito inesperado nos Estados Unidos.
A empresa holandesa também foi forçada a suspender sua participação em negociações com a Petrobras (SA:PETR4), um importante cliente.
As ações caíam 10,42 por cento para 13,93 euros às 9h58 horário de Brasília), eliminando os ganhos obtidos neste ano, quando os investidores acreditavam que a construtora de plataformas flutuantes de petróleo e gás havia resolvido a questão.
O escândalo explodiu em 2012, depois que a empresa disse ter descoberto "práticas de vendas impróprias".
Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) registraram que a nova verba de 238 milhões de dólares "compara a estimativa do resultado líquido estimado para 2017 de 157 milhões de dólares".
A SBM pagou 240 milhões de dólares às autoridades holandesas em 2014 para resolver o caso de suborno da América Latina e havia reservado outros 280 milhões de dólares no ano passado para resolver questões relacionadas no Brasil. Mas anunciou nesta segunda-feira que o caso brasileiro permanece sem solução.
A empresa também anunciou verba adicional de 238 milhões de dólares antes de um acordo com as autoridades dos EUA, tanto para a investigação do Brasil quanto para uma investigação separada sobre seus negócios com a Unaoil, com sede no Mônaco.
O diretor financeiro da empresa, Douglas Wood, disse que a empresa tem dinheiro suficiente para pagar as autoridades norte-americanas quando um acordo de liquidação for finalizado, mas só detalhará as implicações para os acionistas e dividendos mais tarde.
(Por Toby Sterling)