Por Georgina Prodhan
BERLIM (Reuters) - A Siemens, maior grupo industrial da Europa, prevê retorno do crescimento em todos os níveis em 2016 após um ano turbulento, no qual a companhia cortou milhares de empregos na divisão de energia e vendeu negócios de consumo remanescentes.
A Siemens indicou moderado crescimento nas vendas, crescimento mais rápido nas encomendas e um aumento de dois dígitos no lucro por ação, apoiada por mais cortes de custos em áreas corporativas.
"Temos que reverter a tendência de declínio dos volumes visto nos últimos anos e aumentá-los novamente. Esta reestruturação é uma tarefa fundamental para nosso ano fiscal de 2016, apesar da desaceleração da economia global certamente não estar ajudando", disse o presidente-executivo, Joe Kaeser.
O grupo que produz de trens a turbinas de energia também divulgou nesta quinta-feira fortes encomendas de quarto trimestre fiscal, encerrado em 30 de setembro, que inclui a primeira parcela da encomenda recorde de 8 bilhões de euros de bens de energia feita pelo Egito.
Um lucro melhor do que o esperado nas unidades de negócios industriais ajudou a atingir a meta de margem anual, que foi a 10,1 por cento, ainda bem abaixo da rival maior General Electric (N:GE), mas comparável com a do grupo suíço ABB.
A companhia também anunciou um novo programa de recompra de ações de até 3 bilhões de euros nos próximos três anos e elevou dividendos para 3,50 euros, de 3,30 euros por ação, em 2015.