Investing.com - Apesar de acreditar que o terceiro trimestre ainda deva ser duro, o BTG Pactual se mantém positivo com a Simpar no longo prazo, acreditando em fortes perspectivas de crescimento, desalavancagem, lucratividade crescente e valuation atraente. Em relatório desta quinta-feira (22), o banco manteve recomendação de Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 39, ante R$ 30.
Os papéis da Simpar (SA:SIMH3) fecharam em alta de 1,69% a R$ 29,49, com mínima em R$ 28,65 e máxima em R$ 29,81, com R$ 14,21 milhões de volume financeiro. O Ibovespa avançou 1,36% a 101.918 pontos.
A atualização de preço-alvo veio depois de uma teleconferência entre o banco a gestão da Simpar. Da conversa, o BTG (SA:BPAC11) destaca que a JSL está mostrando sinais de recuperação estável, sendo que a atividade de M&A permanece um foco no curto/médio prazo. Nesse sentido, em relação à potencial privatização dos correios o CFO Denys Ferrez disse que a empresa está estudando os documentos disponíveis agora, mas que só faria propostas se o acordo for acretivo e permitir que a empresa atinja seu alvo de estrutura de capital.
Outro ponto que deve favorecer o segmento de logística é a mudança do atual ticker da empresa (JSLG11), que está em vias de acontecer a pode ajudar a aumentar a liquidez da ação, visto que alguns investidores confundem o ticker atual com uma unit.
O banco destacou ainda a recuperação de volumes da Movida (MOVI3), que tem se mostrado mais forte do que a esperada. Sobre o potencial acordo com a Unidas, o CFO se mostrou otimista, pois a combinação poderia implicar na racionalização da capacidade em melhores dinâmicas de oferta/demanda. Finalmente, vale destacar que o executivo afirma que a Movida poderia crescer cerca de 30% devido à expansão de margens, sem a necessidade de levantar capital.
Em relação à Vamos, por sua vez, o banco pontua que a performance seguiu crescendo durante a crise e permanece forte. Um exemplo disso é que, durante a pandemia, a empresa realizou o maior pedido de caminhões da história da indústria e espera manter o robusto programa de aquisição de ativos. Ferrez mencionou ainda que o grupo está estudando como fortalecer o capital da Vamos, incluindo a retomada do processo de IPO, suspenso durante a crise.
Finalmente, para a CS Brasil, o banco acredita que a divisão irá se beneficiar das mudanças de portfólio, caminhando para uma participação maior de empresas e organizações e menor de transporte público. Isso já está contribuindo para a performance resiliente da divisão, pois os volumes de transporte público foram atingidos fortemente pelos bloqueios relacionados à Covid-19.
Para o longo prazo, o BTG acredita que o fato de a Simpar ter aumentado sua relevância como fornecedora de contratos de gestão de frotas de longo prazo, segmento em que os volumes devem ser menos voláteis do que para segmentos como logística de ativos pesados e aluguel de carros de curto prazo, deve favorecer a companhia.