Investing.com - O presidente do sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva dos EUA (UAW), Shawn Fain, criticou duramente as propostas de contrato da Stellantis (NYSE:STLA) na última terça-feira, 8. Ele disse que a empresa controladora da Chrysler exige muitas concessões por parte dos trabalhadores durante as negociações.
Fain declarou que as propostas eram “um tapa na cara” e contou que a companhia quer cortar os benefícios de saúde, reduzir os dias de férias para os novos funcionários, diminuir as contribuições do empregador para o plano 401(k) e acabar com os limites para os funcionários temporários.
“Isso só pode ser visto como um insulto deliberado da administração.”
Segundo um documento obtido pela Reuters, a Stellantis quer diminuir o absenteísmo, que segundo ela causou a perda de mais de 16.000 veículos na produção e uma queda na receita de US$ 217 milhões.
A Stellantis também quer economizar em pensões, saúde e outros custos, alegando que precisa se adaptar às novas regras sobre veículos elétricos. “É fundamental reduzirmos a estrutura de custos fixos de toda a organização”, declarou a companhia.
A estimativa da empresa é que os custos de saúde dos funcionários vão aumentar US$ 613 milhões nos próximos quatro anos.
O UAW quer aumentos salariais de 40% em quatro anos, mais tempo de folga e a volta das pensões de benefício definido que foram tiradas dos funcionários mais novos.
Os contratos atuais com a Stellantis, General Motors Company (NYSE:GM) e Ford Motor (NYSE:F) terminam em 14 de setembro.
“Fica o aviso - o tempo está acabando, é hora de agir”, alertou Fain.
As ações da STLA, GM e F operavam em queda pela manhã desta quarta-feira, 9, em Nova York.