Por Yasin Ebrahim
Investing.com - O Dow caiu para abaixo de suas mínimas na sexta-feira (27) depois de a Câmara dos Representantes dos EUA aprovar um pacote de estímulo fiscal de US$ 2 trilhões contra o coronavírus, no momento em que o número de infecções nos EUA saltou, superando os de Itália e China.
O Dow tinha queda de 2,42%, ou 546 pontos, o S&P 500 escorregava 2,27% e o Nasdaq Composite caía 2,28%.
A proposta superou o obstáculo final no legislativo e agora será enviada ao presidente Donald Trump, que prometeu assiná-la. A aprovação bem-sucedida da proposta, que os legisladores esperam que contenha os impactos econômicos da pandemia de coronavírus, vem ao mesmo tempo em que o número de infecções supera 90 mil, mais do que os 81 mil da China e os 87 mil da Itália.
A proposta inclui medidas para apoiar a economia como incentivos fiscais, cheques e resgates a grandes empresas impactadas pelo surto.
Trump minimizou o marco nos EUA e sugeriu que o número de infecções de Pequim não era totalmente exato.
“Você não sabe quais são os números na China”, disse Trump a repórteres na quinta-feira, quando atribuiu o salto no número de infecções nos EUA a um “tremendo” aumento de testes.
Contra um plano de fundo de aumento de infecções em todo o mundo, as autoridades de saúde têm aumentado os esforços para produzir uma vacina.
Oficiais da Organização Mundial da Saúde disseram na sexta-feira que os primeiros pacientes haviam sido inscritos em um teste de medicamentos na Noruega e na Espanha para testar tratamentos com coronavírus.
A liquidação em Wall Street foi determinada por uma queda nas ações de energia e indústria, que haviam liderado o rali dos três dias anteriores.
Os papéis de energia escorregaram 4,8%, derrubados por um declínio nos preços do petróleo em meio a temores de que a pandemia irá continuar a afetar a demanda de petróleo em um momento em que a Arábia Saudita e a Rússia conduzem uma guerra de preços.
A Boeing (NYSE:BA) caía 6%, empurrando as ações industriais para queda de 3,8%, em meio a notícias de que a fabricante de aeronaves não irá aceitar o apoio oferecido pela lei de estímulo do governo se for acompanhado de condições.