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Taxas de juros longas sobem com conflito Rússia-Ucrânia pressionando commodities agrícolas

Publicado 20.07.2023, 17:02
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A pressão de alta sobre as commodities agrícolas no mercado internacional abriu espaço nesta quinta-feira para o avanço das taxas dos contratos futuros de juros com prazos mais longos no Brasil, com investidores reagindo à perspectiva de preços de alimentos mais elevados e, consequentemente, juros mais altos ao redor do mundo para segurar a inflação.

Nos últimos dias, os preços de commodities como trigo e soja têm subido em Chicago em reação ao fim do acordo entre Rússia e Ucrânia que permitia o transporte de grãos pelo Mar Negro. A Rússia bombardeou cidades portuárias da Ucrânia, um importante exportador de grãos, e ameaçou atacar navios em alto mar.

Para piorar, commodities agrícolas como a soja vêm sendo afetadas pelas preocupações em torno da safra norte-americana em função do clima quente e seco.

Assim, o avanço dos preços das commodities elevou os receios de uma inflação global de alimentos, que pode exigir juros mais altos. Esta leitura deu suporte aos juros futuros no Brasil, conforme profissionais ouvidos pela Reuters.

“A crise dos grãos surge em um momento de arrefecimento da inflação em todo o mundo, principalmente neste mês de julho, que vem indicando que os bancos centrais podem não precisar elevar tanto os juros. O problema é que a questão dos grãos pode diluir esta visão”, disse Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.

No Brasil, as taxas também subiram em função dos desdobramentos do leilão de títulos do Tesouro nesta quinta-feira. O Tesouro vendeu 10 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e 2,5 milhões de Notas do Tesouro Nacional-Série F (NTN-F), ambos títulos prefixados.

De acordo com Machado, o montante de NTN-F ficou acima do esperado e estimulou um ajuste de alta nas taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Outro profissional ouvido pela Reuters confirmou um movimento de ajuste em função do leilão de NTN-F. Segundo ele, investidores estrangeiros estavam vendendo “facas” -- como são chamadas as NTN-Fs no jargão de mercado -- durante a tarde, o que trouxe pressão de alta para as taxas dos DIs na ponta longa. Entre os contratos mais curtos, as taxas ficaram próximas da estabilidade.

No exterior, o sinal do rendimento dos Treasuries também era positivo. Além da questão dos grãos, pesavam sobre os negócios os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que tiveram uma queda inesperada na semana passada.

Os números alimentaram a visão de que o Federal Reserve pode ser levado a subir sua taxa básica de juros mais duas vezes este ano -- e não apenas uma vez, como vinha sendo precificado.

Neste cenário, no fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,755%, ante 12,762% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,825%, ante 10,788% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,28%, ante 10,204% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,325%, ante 10,229%.

Perto do fechamento desta quinta-feira a precificação na curva era de 40% de chances de corte de 0,50 ponto percentual da Selic em agosto e de 60% de probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual. Na sexta-feira passada, perto do fechamento, estes percentuais eram de 24% e 76%, respectivamente.

Às 16:43 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 10,00 pontos-base, a 3,8425%.

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