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Taxas despencam e curva zera inversão após Copom; volume dispara

Publicado 04.08.2022, 17:09
Atualizado 04.08.2022, 17:10
© Reuters. Moedas de reais
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

SÃO PAULO (Reuters) - Os DIs do chamado "miolo" da curva despencaram nesta quinta-feira, com a taxa do vencimento janeiro 2025 em queda superior a 40 pontos-base, reagindo às sinalizações do Banco Central de possível fim do ciclo de alta da Selic, enquanto a inflação implícita mostrou firme alta conforme operadores contrataram aumento adicional dos preços.

Em outro sinal de maior desconfiança de investidores sobre o caminho da inflação no futuro, a curva entre janeiro 2025 e janeiro 2027 praticamente zerou a inversão, com o spread indo ao maior patamar desde fevereiro, indicativo de que agora a estimativa média é de juros maiores nesse período devido a um cenário de inflação potencialmente mais pressionada.

"A curva está 'estirpando' (inclinando para cima), já que o efeito de engordar os cortes é muito grande", disse o profissional de uma grande gestora em São Paulo, para quem a impressão é que o BC tem se guiado por argumentos "não econômicos".

"Muita gente acha que ele (BC) tem um teto de Selic, no 'high' da Selic da (ex-presidente) Dilma, que é 14,25%. E parece que é isso mesmo", acrescentou o gestor. A Selic de 14,25% durou de julho de 2015 e outubro de 2016.

As taxas de inflação implícita saltaram. A implícita extraída da NTN-B 2025 negociada no mercado secundário chegou a subir 10 pontos-base, acima de 6,80%. As implícitas para 2023 e 2024 também aumentaram para 6,20% e 6,50%, respectivamente.

As taxas de inflação precificadas para os três vencimentos estão bem acima das metas perseguidas pelo BC para os respectivos anos: 3,25% para 2023 e 3,00% para 2024 e 2025.

O Banco Central subiu na quarta-feira a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano, maior patamar desde janeiro de 2017 e no décimo segundo ajuste consecutivo. O comunicado trouxe referências que, na avaliação de profissionais do mercado financeiro, indicaram proximidade do fim do ciclo de restrição monetária em curso.

Foi o suficiente para gerar um forte ajuste de baixa nas taxas, que projetavam Selic acima de 14% para o fim deste ano e parte de 2023.

A correção de preços foi acompanhada por forte giro, de 4,46 milhões de contratos até as 16h35 (de Brasília), 87% acima da média de um mês e já o maior número em um mês e meio.

Para a reunião do Copom de março de 2023, a precificação de corte subiu a 24,7 pontos-base, de 17,2 pontos-base na véspera. Para o encontro de maio, a curva agora mostra alívio de 35,6 pontos-base, ante 23,7 pontos-base na véspera. Para os meses seguintes, os contratos de DI embutiam reduções de cerca de 43 pontos-base, ante números pouco acima de 30 pontos-base na quarta-feira.

Com os sinais do Bacen, a estrategista de juros para o Citi Andrea Kiguel decidiu recomendar nesta quinta-feira posição vendida em DI janeiro 2025, com ponto de entrada em 12,14% ao ano.

"A taxa de um ano caiu abaixo da taxa de um dia. () O sinal para receber juros finalmente foi acionado com o movimento de hoje", disse Kiguel. O DI agosto 2023 estava em 13,53%, enquanto o CDI e o DI setembro 2022 rondavam 13,65%.

"Gostamos deste ponto da curva para capturar mais cortes. Os riscos para a estratégia incluem outro choque global de inflação ou inércia mais forte que a esperada --que façam o BCB ficar mais duro na política monetária em relação à expectativa-- e ruído eleitoral.

Veja as taxas de alguns dos principais contratos de DI:

Mês Ticker Taxa (% a.a.) Ajuste Variação

anterior (p.p.)

(% a.a.)

OUT/22 13,678 13,654 0,024

JAN/23 13,745 13,79 -0,045

JAN/24 13,01 13,275 -0,265

JAN/25 12,1 12,51 -0,41

JAN/26 12,005 12,4 -0,395

JAN/27 12,115 12,48 -0,365

 

(Por José de Castro)

Últimos comentários

boa noite
Quem tem a leitura de contexto do bcxconjuntura continuará acertando.Mas amanhã...amanhã .Sexta-feira da maldade!
Sabe de nada inocente, parece Infomoney ou analista.
chutometro em ação!!!
Economia ajustada , obrigado Guedes
Artur mais sem vergonha de não ter cérebro kk
Artur mais um sem vergonha de não ter cérebro kk
Adriana, você deve ter uma vida Moller!
Mas uma em que os "especialistas de mercado" vão furar em suas previsões.
Essa reuters é uma losta
E o crítico que continua lendo é pior que isso
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