As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em leve baixa nos vencimentos intermediários e longos, alinhadas ao dólar e aos juros dos Treasuries, enquanto os prazos curtos se mantêm próximos dos ajustes da segunda-feira, 12. Segundo o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, a curva de juros reflete uma descompressão de risco global, gerada principalmente pela recuperação das moedas ante o dólar, em especial as de países exportadores de commodities.
Além disso, ele cita o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em julho (0,1%), que ficou abaixo das estimativas (0,2%) e reforçou a tese de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) irá mesmo iniciar um processo de redução de juros em setembro. Já o dado de volume de serviços no Brasil, que superou as estimativas, confirma a cautela do mercado, mas não deve trazer grandes consequências em termos de inflação, na sua avaliação.
Nesta manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discursa na Câmara dos Deputados. Em sua fala, ele afirmou que o BC está conduzindo um processo de desinflação com baixo custo e que a autoridade monetária faz um trabalho técnico e autônomo.
Às 10h46 o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,755% ante 10,748% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2026 projetava 11,540%, contra 11,547% do ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 11,49%, de 11,54%. E a de janeiro de 2029 recuava de 11,59% para 11,52%.