🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

TCU homologa acordo entre Oi, Anatel e governo que traz R$5,9 bi em investimentos ao setor

Publicado 03.07.2024, 19:51
Atualizado 03.07.2024, 19:55
© Reuters.
OIBR3
-
OIBR4
-

Por Patricia Vilas Boas e Rodrigo Viga Gaier

(Reuters) - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira proposta de solução consensual para resolver controvérsias em contratos de concessão do chamado Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) envolvendo a Oi (BVMF:OIBR3), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério das Comunicações.

O acerto permitirá à Oi prestar serviços com uma autorização e não mais em regime de concessão, tendo como contrapartida investimentos de 5,9 bilhões de reais no setor pela operadora, o que inclui aportes em infraestrutura de telecomunicações para escolas, data centers e cabos submarinos, informaram operadora e TCU em comunicados separados.

"O acordo estabelece ainda a possibilidade de investimentos adicionais a até o limite de 2,3 bilhões de reais, na hipótese de a arbitragem promovida pela Oi resultar em valores que excedam o valor de 12,5 bilhões de reais", disse o TCU.

Os contratos de concessão STFC vencem no final de 2025 e concessionárias, entre elas a Oi, maior concessionária do STFC, e a Anatel travavam disputas em câmaras de arbitragem sobre pedidos das empresas para reequilíbrio financeiro dos contratos.

A Oi, que está em recuperação judicial, disse em seu comunicado que as obrigações do regime de concessão do serviço de telefonia fixa, "em descompasso com as reais demandas da população", levaram, no caso específico da Oi, a uma operação deficitária desde 2016, contribuindo para sua atual crise.

Para o presidente-executivo da companhia, Mateus Bandeira, os termos do acordo permitirão à empresa buscar "o equilíbrio econômico-financeiro da operação", destacando que a migração representa para a Oi redução de custos.

O resolução ainda depende da conclusão de negociação em curso com a Advocacia-Geral da União (AGU) e prevê a manutenção até 2028 da prestação dos serviços de telefonia fixa, inclusive de telefones públicos, nas 10 mil localidades onde a Oi ainda é a única empresa a oferecer os serviços de chamadas de voz, de acordo com a operadora.

"A V.tal, empresa de operação de rede neutra de fibra óptica, criada a partir da rede da Oi, também faz parte do acordo e participará tanto dos investimentos previstos quanto das garantias exigidas pela lei", acrescentou a Oi.

Segundo o tribunal, o desligamento abrupto do contrato deixaria mais de três milhões de pessoas sem alternativas de comunicação e traria custos à União, que teria que assumir a prestação de serviço, com custo anual estimado de cerca de 2 bilhões e 4 bilhões de reais.

"Apesar de ser cada dia menos usada, a telefonia fixa ainda é considerada essencial em alguns aspectos, como manter serviços de emergência e utilidade pública, além de funcionar como pontos de interconexão", afirmou o TCU.

 

(Reportagem de Patricia Vilas Boas, em São Paulo, e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.