Por Gabriel Codas
Investing.com - Depois de anunciar que encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 19,2 milhões, 28% abaixo do mesmo período do ano passado, as ações da Tegma (SA:TGMA3) operam com desvalorização na B3, bem acima das perdas do Ibovespa.
O consenso dos analistas de mercado era de um lucro líquido de R$ 31 milhões no período. A operadora logística registrou ainda recou na receita líquida de R$ 296 milhões para R$ 279,7 milhões
Por volta das 12h45, os papéis perdiam 5,17% a R$ 15,76. O Ibovespa registrava baixa de 0,57% a 77.425 pontos.
Com a epidemia do coronavíris, a companhia teve as operações de transporte de veículos foram paralisadas no final de março, uma vez que a maior parte das montadoras do país foram paralisadas.
A companhia destaca que adotou medidas para se proteger da recessão com a captação de R$ 90 milhões no mercado e o adiamento de aluguéis de imóveis, nos casos em que foi possível negociar com os proprietários. Além disso, também aderiu a programas de auxílio às empresas do governo federal, com a postergação de pagamentos do PIS e da Cofins e do depósito do FGTS.
Na avaliação do Itaú BBA, os resultados foram neutros, destacando que os principais números da divisão automotiva foram prejudicados pelos menores volumes de veículos transportados, particularmente a partir da metade de março. O lado positivo ficou para a divisão de Logística Integrada, onde a Tegma obteve ganhos na margem, apesar do modesto crescimento da receita, sobre um mix mais variado de mercadorias.
Os analistas apontam que a Tegma encerrou março com ativos líquidos de R$ 334 milhões, além de ter levantado R$ 90 milhões no sistema financeiro. Eles revisaram as projeções para o crescimento da Tegma em 2020, face aos impactos dos efeitos da Covid-19 sobre a economia, notando que a empresa tomou várias medidas corretas para mitigar os impactos da epidemia sobre as suas operações.
Assim, a recomendação segue outperform, com um preço-alvo de R$ 43,00.