A Terra Santa Propriedades Agrícolas (SA:LAND3) registrou prejuízo líquido de R$ 354 mil no terceiro trimestre deste ano, ante lucro líquido de R$ 4,44 milhões no mesmo período do ano passado, informou a companhia. A empresa nasceu após a venda de sua operação agrícola para a concorrente SLC Agrícola (SA:SLCE3) e agora se define como "uma empresa focada exclusivamente no mercado imobiliário rural".
A Terra Santa Propriedades Agrícolas possui 80,5 mil hectares em área total, divididos em sete fazendas localizadas em Mato Grosso.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 24,5%, para R$ 6,455 milhões, ante R$ 5,187 milhões obtidos em igual período do ano anterior. A receita líquida da empresa avançou 143,3% na mesma base comparativa, passando de R$ 6,387 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 15,539 milhões no terceiro trimestre deste ano. Deste montante, R$ 7,976 milhões foram gerados com vendas de produtos agrícolas e R$ 7,563 milhões foram faturados pelo arrendamento de suas propriedades agrícolas.
"A principal entrada de caixa no terceiro trimestre decorreu do adiantamento do contrato de arrendamento, no valor de R$ 70 milhões, e contribui para a redução do endividamento líquido, que passou de R$ 110,3 milhões em 30 de junho de 2021 para R$ 52,8 milhões em 30 de setembro de 2021", disse a Terra Santa, em comentário de desempenho.
Segundo a empresa, no trimestre foi concluído o ajuste de preço remanescente da fusão entre SLC Agrícola e a Terra Santa Agro, que resultou em pagamento de R$ 20 milhões para a Terra Santa Propriedades Agrícolas em favor da Terra Santa Agro, agora controlada pela SLC.
A companhia destacou que tem expectativa de receita de aproximadamente R$ 52,8 milhões para o quarto trimestre deste ano. Deste montante, R$ 27,3 milhões devem vir do contrato de parceria agrícola do algodão em pluma da safra 2020/21 e outros R$ 27,6 milhões referentes a parcela do contrato de arrendamento com a SLC Agrícola.