A Terra Santa Agro (SA:LAND3) informa que registrou um prejuízo líquido de R$ 5,1 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 3,84 milhões no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, no entanto, o lucro líquido foi de R$ 18,3 milhões, queda de 40,3%. A companhia nasceu após a venda de sua operação agrícola para a concorrente SLC Agrícola (SA:SLCE3) e agora de define como "uma empresa focada exclusivamente no mercado imobiliário rural".
A companhia destaca que "a comparabilidade com dados dos períodos anteriores não se mostra adequada, visto que os dados históricos referem-se aos dados da até então subsidiária integral da Terra Santa Agro, enquanto os dados correntes passam a incorporar despesas operacionais e financeiras que migraram da controladora (Terra Santa Agro) para a Terra Santa Propriedades Agrícolas".
A Terra Santa salienta que "o resultado de R$ 18,3 milhões é proveniente de uma receita de R$ 41,1 milhões da venda do resultado parceria agrícola da safra 2020/21 com a Terra Santa Agro (25,9 mil toneladas de soja ao preço de R$ 1.500/t e 3,0 mil toneladas de milho ao preço de R$ 752/t) e de despesas operacionais, que neste trimestre, foram elevadas em detrimento de valores não recorrentes referentes à reorganização societária da companhia".
Para o 2º semestre, a expectava de receita é de aproximadamente R$ 67,2 milhões: R$ 36,1 milhões da venda do resultado parceria agrícola da safra 2020/21 com a Terra Santa Agro; R$ 30,0 milhões referente a 4/12 do contrato de arrendamento com a SLC Agrícola, cujo prazo de apuração vai de setembro a agosto de cada ano; e R$ 1,1 milhão de apropriação do downpayment do arrendamento.
No primeiro semestre, o Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) apresentado pela companhia foi positivo em R$ 33,5 milhões, em comparação com R$ 43,7 milhões positivos no primeiro semestre de 2020. O Ebitda Ajustado no período foi de R$ 37,2 milhões, ante R$ 41,9 milhões positivos no Primeiro semestre de 2020.
O endividamento bruto líquido consolidado, no fim de junho de 2021, totalizou R$ 110,3 milhões. Para fazer frente a este endividamento, a Terra Santa tem a expectativa de uma geração de caixa no segundo semestre de R$ 106 milhões, sendo R$ 70,0 milhões do pagamento do downn payment do contrato de arrendamento, e R$ 36,0 milhões da venda do resultado parceria agrícola da safra 2020/21 com a Terra Santa Agro.
Atualmente, a Terra Santa Propriedades Agrícolas tem sete fazendas localizadas no Estado de Mato Grosso, as quais somam 39,2 mil hectares arrendados, dos quais 39,1 mil hectares têm como arrendatária a SLC Agrícola. O contrato de arrendamento com a SLC Agrícola tem prazo de 20 anos e ajustes de preço a cada 3 anos, o valor acertado foi um pagamento inicial de R$ 70 milhões, que já ocorreu em 2 de agosto, e um valor anual inicial de 39,9 mil toneladas de soja.