Investing.com – O mais recente relatório trimestral da Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) resultou em uma forte alta nas ações da fabricante de veículos elétricos antes da abertura das Bolsas em Nova York nesta quinta-feira, 24.
Após os resultados, diversos analistas emitiram suas opiniões, destacando tanto os pontos positivos quanto as preocupações persistentes sobre as margens e os prazos dos produtos. Abaixo está uma síntese das visões apresentadas.
A Canaccord demonstrou otimismo sobre a trajetória de crescimento da Tesla, mencionando que a empresa está possivelmente entrando em um "ciclo de receita e lucros acelerado com a nova geração de produtos", o que pode levar a uma superação do desempenho das ações.
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Já a Bernstein permanece cética, reiterando uma recomendação de Underperform, com um preço-alvo de US$ 120. Embora a Tesla tenha reportado fortes resultados no terceiro trimestre, incluindo margens brutas de 15,6% no setor automotivo (excluindo créditos), a Bernstein duvida que a empresa consiga atingir suas metas ambiciosas em direção à autonomia total e à implementação de robotáxis, questionando a avaliação de US$ 500 bilhões atrelada a essas iniciativas.
A RBC Capital aumentou seu preço-alvo de US$ 236 para US$ 249, mantendo a classificação "outperform" (acima da média). O banco elogiou as margens brutas automotivas, chamando-as de "impressionantes" mesmo após os cortes de preço. A RBC acredita que o foco dos investidores mudará para os negócios de armazenamento de energia e autonomia da Tesla no futuro.
A TD Cowen destacou o "custo recorde por veículo" da Tesla, que elevou as margens brutas automotivas não-GAAP para 17,1%. No entanto, a empresa alertou para uma possível queda nas margens no quarto trimestre, à medida que os descontos aumentam. A Cowen manteve sua classificação de "hold" (manutenção).
O Goldman Sachs (NYSE:GS) reconheceu a surpresa positiva nas margens, mas comentou que os principais debates entre investidores se concentrarão na capacidade da Tesla, com classificação Neutral, de cumprir suas metas de entrega para 2025 e os objetivos em relação ao Full Self-Driving (FSD).
A Truist levantou preocupações sobre a falta de clareza em relação aos futuros modelos e ao progresso do FSD, afirmando: "Ficamos esperando por mais." A empresa manteve a recomendação de "hold" (manutenção), com preço-alvo de US$ 238.
O Barclays (LON:BARC) observou que o resultado do terceiro trimestre trouxe um impulso de curto prazo para a Tesla, classificada como “equal-weight” (neutra), mas ressaltou que questões de longo prazo, como a inteligência artificial e o próximo ciclo de produtos, ainda permanecem.
O Jefferies manteve sua recomendação de "hold" (manutenção), notando que o tom da gestão foi positivo, sem mais menções às taxas de juros e com ênfase renovada na missão energética da empresa.
A Wedbush descreveu o desempenho das margens como "uma performance digna de Aaron Judge", destacando o potencial da Tesla para expandir sua lucratividade agora que os cortes de preço ficaram para trás. "No geral, isso foi um grande passo na direção certa para a história da Tesla, em nossa opinião," escreveram. A Wedbush manteve a classificação "outperform" (acima da média) e o preço-alvo de US$ 300.
Por fim, o Piper Sandler chamou o trimestre de "surpreendentemente bom", mantendo a recomendação “overweight” (acima da média) com preço-alvo de US$ 300. A firma destacou a perspectiva otimista da Tesla para 2025, incluindo um crescimento de 20-30% nas entregas, como um ponto positivo chave.