Por Michael Elkins
De acordo com uma nova queixa aberta no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA, a Tesla (NASDAQ:TSLA) demitiu dezenas de trabalhadores da Gigafactory de Nova York, um dia após os funcionários da unidade lançarem uma campanha de sindicalização.
Segundo uma reportagem da Bloomberg, o sindicato acusou a companhia de rescindir ilegalmente contratos de trabalho de funcionários, “em retaliação à atividade sindical, na tentativa de desincentivar a união dos trabalhadores”. O grupo teria pedido que o órgão tentasse obter uma liminar junto a uma corte federal, a fim de evitar “a destruição irreparável dos direitos dos trabalhadores”.
Os colaboradores da fábrica da empresa de veículos elétricos no estado de Nova York divulgaram a campanha de sindicalização na terça-feira, com uma carta pública à companhia.
O documento foi publicado no Twitter pelo sindicato em 14 de fevereiro, dizendo: “Queremos que a Tesla seja a empresa que acreditamos que ela pode ser”. “Nosso sindicato aprofundará os princípios e objetivos da Tesla, ajudando a reforçar a consciência da organização e nossa cultura de confiança e respeito”, acrescentou.
O CEO da Tesla, Elon Musk, já se opôs veementemente à sindicalização de trabalhadores no passado. Em 2021, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas o obrigou a apagar um tuíte de 2018, no qual ameaçou os funcionários de acabar com o benefício de opções de ações, se escolhessem ser representados pelo UAW.
O tuíte disse o seguinte: “Nada impede que a equipe da Tesla em nossa fábrica vote pela sindicalização. Poderiam fazer isso amanhã se quiserem. Mas por que pagar contribuição sindical e abrir mão de opções de ações por nada? Nosso histórico de segurança é 2X melhor do que quando a fábrica era UAW e todos já contam com planos de saúde”. Em agosto de 2022, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas reverteu uma decisão do governo Trump permitindo que a Tesla proibisse os colaboradores da fábrica de usar um uniforme com o emblema do sindicato durante o trabalho.
As ações da TSLA registravam uma alta de 0,87% nesta quinta-feira, às 14h31 de Brasília.