Os analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) rebaixaram a recomendação da Tesla (NASDAQ:TSLA) de compra para neutra, após a ação da fabricante de veículos elétricos (VEs) registrar um forte rali desde o início do ano.
No entanto, decidiram elevar o preço-alvo de US$ 185 para US$ 248, refletindo projeções de lucro por ação (LPA) mais altas e um múltiplo-alvo maior.
Os analistas continuam otimistas em relação ao potencial de crescimento de longo prazo e à posição competitiva da Tesla. No entanto, sua valorização de 108% até agora no ano (+38% no último mês) fez com que o desempenho do papel “refletisse melhor o cenário de alta projetado pelo banco” para a companhia.
"No geral, defendemos que a Tesla está bem posicionada para o crescimento no longo prazo, graças à sua posição de liderança nos mercados de VEs e energia limpa (que atribuímos, em parte, à sua capacidade de oferecer soluções completas, incluindo carregamento, armazenamento, software/Condução Totalmente Autônoma (FSD) e serviços com um modelo de vendas diretas), o que está melhor refletido agora no preço do papel", afirmaram em uma nota aos clientes.
Embora o rebaixamento da recomendação tenha como ponto fundamental o valuation que a ação atingiu após a forte alta desde o início do ano, os analistas destacaram o "ambiente de precificação difícil para novos veículos", o que, em sua visão, irá prejudicar a margem bruta não-GAAP da Tesla em 2023.
No geral, o Goldman continua "otimista em relação à adoção de VEs, vendo melhores oportunidades de investimento no amplo conjunto de fornecedores, especialmente aqueles com maior conteúdo para impulsionar a transição para VEs e eletrificação".
As ações da Tesla registravam queda de mais de 3% antes da abertura desta segunda-feira, 26, em Nova York.
O novo preço-alvo do Goldman implica um risco de queda de aproximadamente 3% em relação ao preço de fechamento de sexta-feira. Este é o quarto rebaixamento das ações da Tesla em junho. Na semana passada, os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) e do Barclays (LON:BARC) também revisaram para baixo suas recomendações das ações da companhia.