Por Akash Sriram
(Reuters) - A decisão de Elon Musk de escolher uma nova presidente-executiva para o Twitter pode remover uma grande distração para o bilionário e permitir que ele se concentre mais na Tesla (NASDAQ:TSLA)., que vem enfrentando uma queda na demanda por seus veículos elétricos, disseram analistas.
As ações da fabricante de veículos elétricos mais valiosa do mundo, que subiram 40% este ano, subiram 2% nas negociações de pré-mercado nesta sexta. Os papéis da empresa tiveram seu pior ano em 2022, perdendo 65%, em meio à oferta de Musk pelo Twitter.
Desde que comprou o Twitter no ano passado, os investidores da Tesla temem que ele não consiga dar toda a atenção à empresa, que está em guerra de preços com novas montadoras e montadoras antigas.
"É uma fração positiva para os acionistas, porque ele provavelmente gastará um pouco mais de tempo com a Tesla", disse Gene Munster, sócio-gerente da Deepwater Asset Management. "No entanto, há outras coisas que estão competindo por seu tempo."
A executiva Linda Yaccarino, da NBCUniversal, da Comcast, foi anunciada nesta sexta-feira por Musk como nova CEO do Twitter.
O bilionário disse que assumirá o cargo de diretor de tecnologia do Twitter.
“É provável que os investidores da Tesla também celebrem essa mudança, com a abordagem prática de Musk no Twitter levando a preocupações de que ele tenha desviado os olhos da gigante de veículos elétricos”, disse Sophie Lund-Yates, analista da Hargreaves (LON:HRGV) Lansdown.
Embora o Twitter tenha tomado muito do tempo de Musk desde sua aquisição, ele ainda gerencia ativamente vários outros negócios, como SpaceX e Neuralink. Musk formou recentemente uma empresa de inteligência artificial chamada TruthGPT para competir com o ChatGPT, da OpenAI, e o Bard, do Google (NASDAQ:GOOGL).
O envolvimento Musk com a plataforma de mídia social tem sido bastante caótico. Ele cortou milhares de empregos na empresa, demitiu a principal equipe executiva e seu presidente-executivo, e fez muitas mudanças em suas políticas e estratégias para depender menos de anúncios e mais do dinheiro das assinaturas.
(Por Akash Sriram e Yuvraj Malik)