SÃO PAULO (Reuters) - O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou nesta terça-feira habeas corpus a oito funcionários da mineradora Vale (SA:VALE3) presos desde a semana passada por, segundo decisão judicial, terem conhecimento dos riscos na barragem que se rompeu em Brumadinho.
A decisão de manter a prisão preventiva por 30 dias dos oito funcionários da mineradora foi do desembargador Marcílio Eustáquio Santos, da 7ª Câmara Criminal.
Em nota, o TJ declarou que para o desembargador as prisões são "devidamente fundamentadas em circustâncias concretas" e visam "a necessidade de resguardar as investigações e colaborar com as equipes policiais".
Entre os presos estão funcionários da Vale que, segundo o juiz Rodrigo Heleno Chaves, que proferiu a decisão pela prisão após pedido do Ministério Público de Minas Gerais, poderiam ter evitado grande número de mortes.
Mais de 300 pessoas, entre mortos e feridos, foram vitimadas pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, que liberou mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos.
(Por Gabriel Araújo)