A Totvs (BVMF:TOTS3) encerrou o segundo trimestre de 2023 com lucro líquido ajustado de R$ 113,6 milhões. O montante representa alta anual de 2,9%, mas queda de 2% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Já o Ebitda ajustado subiu 11,7% quando comparado ao segundo trimestre de 2022, para R$ 256,2 milhões, com margem Ebitda ajustada de 22,6%, aumento de 110 pontos base na mesma base comparativa. Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, da redução da Produção de Crédito de Techfin.
A receita líquida consolidada encerrou o trimestre acima de R$ 1,1 bilhão, crescimento superior a 17% frente ao mesmo período do ano anterior. A Totvs destaca o crescimento de 31% ano contra ano da Receita SaaS Gestão e da Receita de Business Performance, de +34%.
"Mesmo com a forte redução da inflação, a receita líquida da dimensão cresceu 18% ano contra ano, puxada, principalmente, pelo crescimento de 19% da receita recorrente, demonstrando que os signings de novos clientes, somados ao cross e up-sell para clientes da base, seguem em bom ritmo", afirma a empresa em release de resultados.
A receita recorrente anualizada (ARR, na sigla em inglês) consolidado atingiu R$ 4,3 bilhões, 22,7% acima do valor reportado um ano antes. A adição líquida orgânica, por sua vez, foi de R$ 178,2 milhões, sendo a soma da adição líquida orgânica de ARR de Gestão e da Business Performance.
Já a dívida bruta da empresa foi de R$ 2,1 bilhões no trimestre, aumento de 4,1% em comparação aos primeiro três meses de 2023, como consequência do aumento de 3,6% nas debêntures pela apropriação de juros no período e pelo aumento de 5,6% nas Obrigações Decorrentes de Aquisições Líquidas devido aos compromissos assumidos com a aquisição da Lexos e da Exact Sales.
Por outro lado, o saldo de caixa e equivalentes encerrou o trimestre em R$ 2,9 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 1,4 vez o saldo da dívida bruta.
Techfin
A receita de Techfin apresentou redução anual de 5,3%, principalmente devido à redução de 6,2% na Produção de Crédito da Supplier, segundo a companhia.
Quando comparada ao primeiro trimestre de 2023, a redução de 11% na receita de Techfin se deve à redução de 4,9 dias no prazo médio da Produção de Crédito e à queda de 1,6% da Produção de Crédito. "Ainda é um reflexo do desafiador cenário de crédito, que permaneceu no segundo trimestre, e da desaceleração econômica em alguns segmentos, como da cadeia do aço, que tem registrado queda, tanto de volume, quanto de preço", observa a empresa.
O Ebitda da Techfin encerrou o trimestre em R$ 3,1 milhões negativo, R$ 7 milhões abaixo do valor registrado no trimestre anterior, associado principalmente à redução de R$ 7 milhões da receita líquida de Techfin de Funding. No período, a Techfin reportou prejuízo de R$ 7,9 milhões, aumento de R$ 2,3 milhões sobre o trimestre anterior.
A provisão para perda esperada representou 0,37% da Carteira Bruta de Crédito, 4 pontos-base abaixo do segundo trimestre do ano passado e do primeiro trimestre de 2022. Para a empresa, a redução ocorreu pela melhora nos índices de inadimplência da Supplier, em especial nos contratos de crédito em atraso de 31 a 90 dias que são os que mais influenciam na provisão do trimestre.