WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta sexta-feira uma lei que prevê a saída de empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA, a menos que elas cumpram os padrões de auditoria norte-americanos, informou a Casa Branca, dando ao republicano mais uma ferramenta para ameaçar Pequim antes de deixar o cargo próximo mês.
A medida impede que ações de empresas estrangeiras sejam listadas em qualquer bolsa dos EUA se elas não cumprirem as regras do conselho de supervisão de contabilidade pública dos EUA por três anos consecutivos.
Embora a lei se aplique a empresas de qualquer país, os apoiadores da lei miram companhias chinesas listadas no país, como Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34), a empresa de tecnologia Pinduoduo (NASDAQ:PDD) e a gigante de petróleo PetroChina (NYSE:PTR).
A legislação, como muitas outras que adotam uma postura mais dura em relação às empresas chinesas, foi aprovada pelo Congresso por grande vantagem neste ano. Parlamentares - tanto democratas quanto correligionários republicanos de Trump - ecoam a linha dura do presidente contra Pequim, que se tornou mais exacerbada neste ano quando Trump culpou a China pelo coronavírus que assola os Estados Unidos.
A lei também exige que as empresas públicas revelem se são de propriedade ou controladas por um governo estrangeiro.
Autoridades chinesas consideraram a medida uma política discriminatória que oprime politicamente as empresas chinesas.
(Reportagem de Patricia Zengerle e Eric Beech)