Por Joshua Franklin e Uday Sampath Kumar
(Reuters) - A Uber Technologies (NYSE:UBER), gigante dos serviços de transporte por aplicativo, começará a sua jornada como uma empresa de capital aberto nesta sexta-feira sob pressão para estrear em forte alta, após avaliar de forma conservadora sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
O começo das negociações ocorre depois que a Uber precificou seu IPO a 45 dólares por ação na quinta-feira, na parte mais baixa da faixa indicativa de 44 a 50 dólares por ação, para levantar 8,1 bilhões de dólares, em operação que avaliou a companhia em 82,4 bilhões de dólares.
O IPO estava com excesso de demanda, mas a Uber optou por um preço mais baixo para evitar a repetição do que ocorreu com a Lyft (NASDAQ:LYFT) após o IPO no final de março, que saiu a um preço alto, começou a subir, mas depois caiu.
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A Uber também queria acomodar grandes fundos mútuos, que, ao contrário dos fundos de hedge, faziam pedidos por um preço menor.
A Uber deve começar a ser negociada na Bolsa de Nova York (NYSE) nesta sexta-feira sob o símbolo "UBER", na estreia mais esperada dos EUA desde o Facebook, há sete anos.
O IPO também foi precificado apesar do cenário de um aumento nas tensões entre os Estados Unidos e a China, que renovou os temores de uma desaceleração econômica global e prejudicou os mercados globais.
"Isso reflete talvez um pouco mais de cautela dos investidores", afirmou o analista Tom White, da D.A. Davidson & Co, sobre o IPO da Uber. "Os investidores realmente querem mais um cronograma tangível e caminhos para a rentabilidade desses negócios do que o que as pessoas imaginavam que os investidores exigiriam no início do processo".
Um porta-voz do Uber se recusou a comentar.
Como uma empresa privada, a Uber arrecadou mais de 15 bilhões de dólares de investidores para alimentar seu crescimento e expansão na entrega de alimentos e transporte de cargas, com pouca consideração por obter lucro.
Agora uma empresa pública, a Uber terá que lidar com relatórios trimestrais de resultados e demandas dos acionistas para traçar um caminho para a lucratividade.