Investing.com -- Apesar de um final cauteloso em 2024, os analistas do UBS projetam que a recuperação do mercado acionário persistirá em 2025, impulsionada por vários fatores positivos.
O MSCI All Country World e o S&P 500 caíram 1,6% e 2,4%, respectivamente, em dezembro, o que, segundo o UBS, ocorreu, em grande, parte à baixa liquidez nos últimos dias de negociação.
No entanto, as ações globais obtiveram um retorno impressionante de 20,7% para 2024, com o S&P 500 liderando com 25%, marcando o melhor desempenho de dois anos para as ações de grande capitalização dos EUA neste século.
Olhando para o futuro, o UBS continua otimista em relação às ações dos EUA, esperando que o S&P 500 chegue a 6.600 até o final de 2025.
Eles atribuem isso a "uma combinação de custos de empréstimo mais baixos, atividade resiliente dos EUA, ampliação do crescimento dos lucros dos EUA, maior monetização da IA e potencial para maior atividade do mercado de capitais em um segundo governo Trump".
"Esperamos que o S&P 500 atinja 6.600 até o final de 2025 e sugerimos que os investidores pouco alocados considerem usar qualquer turbulência de curto prazo para aumentar as ações dos EUA, inclusive por meio de estratégias estruturadas", escreveu o banco.
A nota também destaca a resiliência do ouro, que teve um retorno de 27,8% em 2024, impulsionado pelas compras dos bancos centrais e pelas preocupações geopolíticas. O UBS espera uma demanda contínua por ouro como hedge, apesar da possível moderação na demanda por fundos negociados em bolsa (ETFs) se o Federal Reserve realizar menos cortes nas taxas do que o previsto.
Na renda fixa, o UBS considera atraentes os títulos de grau elevado e de grau de investimento. Embora a postura hawkish do Fed tenha ajustado as expectativas de cortes nas taxas, o UBS acredita que as taxas à vista ainda podem cair se os dados econômicos enfraquecerem inesperadamente.
No mercado de câmbio, o UBS diz que os investidores devem vender mais a força do dólar americano e diversificar para outras moedas, como a libra esterlina e o dólar australiano, observando a valorização exagerada do dólar americano.