Por Joshua Franklin
SÃO PAULO/ZURIQUE (Reuters) - O BSI, private bank suíço no processo de ser comprado pela rival EFG International, registrou uma saída de novos recursos líquida no segundo trimestre de 6,3 bilhões de francos suíços (6,4 bilhões de dólares) em meio a sanções sobre laços comerciais com um fundo governamental da Malásia afetado por um escândalo.
A informação sobre a saída líquida de recursos do BSI foi divulgada pelo Grupo BTG Pactual (SA:BBTG11), que atualmente detém o BSI. O BTG Pactual disse na terça-feira que o lucro caiu no segundo trimestre, parcialmente após a receita com gestão de fortunas sofrer com as saídas de recursos do BSI.
O banco com sede em Lugano, na Suíça, move um recurso contra uma decisão de maio do regulador financeiro suíço FINMA, que alega que o BSI violou regras sobre lavagem de dinheiro por meio de uma relação comercial e transações ligadas ao 1Malaysia Development Bhd.
Acredita-se que o fundo da Malásia conhecido como 1MDB realizou 4 bilhões de dólares em negócios irregulares nos últimos anos. Investigadores em diversos países estão tentando determinar se transações relacionadas entre o 1MDB, bancos e clientes foram direcionadas para as contas de inflluentes políticos.
A FINMA ordenou que o BSI entregue lucros de 95 milhões de francos suíços e que pare de operar quando for integrado à EFG. O BSI disse que a decisão da FINMA é "incorreta". Cingapura também ordenou que as operações do BSI na cidade-Estado sejam encerradas.