(Reuters) - As vacinas contra o coronavírus ajustadas para incluir a cepa da variante Ômicron podem melhorar a proteção quando usadas como um reforço, disseram nesta sexta-feira a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e outros órgãos reguladores de saúde do mundo.
Após uma reunião na quinta-feira, a EMA disse que os reguladores haviam concordado com os princípios básicos para atualizar as vacinas da Covid-19 para responder às variantes emergentes.
Embora as vacinas do coronavírus existentes continuem a fornecer boa proteção contra hospitalizações e mortes, o grupo disse que a eficácia da vacina foi afetada à medida que o vírus evoluiu.
Como tal, um reforço específico ou bivalente para Ômicron --ou seja, uma vacina que inclui tanto a nova cepa quanto a cepa original do coronavírus-- poderia "aumentar e estender" a proteção, disse o grupo de reguladores em comunicado.
A declaração se refere especificamente às vacinas de mRNA. Tanto a Pfizer (BVMF:PFIZ34)(NYSE:PFE) quanto a Moderna (BVMF:M1RN34)(NASDAQ:MRNA) têm testado versões ajustadas de suas vacinas para incluir a variante Ômicron.
Vacinas que incluem outras variantes, por exemplo, a variante Beta, também podem ser consideradas para uso como reforço se os dados dos ensaios clínicos demonstrarem um nível adequado de neutralização contra a Ômicron e outras variantes de preocupação, disse o comunicado.
O documento segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que os reforços específicos contra Ômicron poderiam restaurar a proteção contra as cepas emergentes do coronavírus.
Mas deixa de ter a posição do órgão regulador dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), que disse na quinta-feira que buscaria a inclusão especificamente das novas cepas BA.4 e BA.5 da Ômicron, que atualmente estão impulsionando um surto de novas infecções globalmente, em quaisquer novas doses.
(Reportagem de Aby Jose Koilparambil, em Bengaluru; Jennifer Rigby e Michael Erman)