SÃO PAULO (Reuters) - A mineradora Vale (SA:VALE3) afirmou nesta quarta-feira que realizou baixa contábil de 480 milhões de reais pela mina de Córrego do Feijão, relacionada à estrutura que colapsou em Brumadinho (MG), e também por ativos relacionados a barragens a montante.
A baixa contábil já deve ter algum impacto no resultado do primeiro trimestre da companhia.
Além disso, a empresa afirmou que celebrou um acordo parcial com o Ministério Público do Trabalho para indenizar empregados diretos e terceirizados da mina de Córrego do Feijão, estimando provisionamento de 850 milhões de reais em 2019.
Em um acordo preliminar com o Estado de Minas Gerais e governo federal, para realizar pagamento emergencial aos moradores de Brumadinho e comunidades próximas, a companhia estimou inicialmente uma provisão de 1 bilhão a 2 bilhões de reais, a depender do número de beneficiários.
A empresa ainda ressaltou que está avaliando passivos potenciais que podem surgir com colapso da barragem de Brumadinho, ponderando que ainda não é possível fornecer estimativas confiáveis.
A mineradora informou também que, ao todo, cerca de 16,9 bilhões em ativos da companhia estão bloqueados por autoridades em função de desastre.
O rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da Vale, em 25 de janeiro, atingiu instalações da companhia, comunidades, mata e rios da região, deixando mais de 300 mortos.
(Por Marta Nogueira)