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A Vale (BVMF:VALE3) anunciou na noite de 2ª feira (31.mar.2025) a assinatura de um acordo com a GIP (Global Infrastructure Partners) para a criação de uma joint-venture na Aliança Geração de Energia. A transação prevê que a Vale receba cerca de US$ 1 bilhão e mantenha uma participação de 30% no negócio, enquanto o GIP deterá os 70% restantes.
A parceria visa a fortalecer a matriz energética da Vale, que no Brasil é 100% baseada em fontes renováveis. Além disso, garante à mineradora custos energéticos competitivos, com preços fixados em dólares e sem ajuste inflacionário.
“Estamos entusiasmados com essa joint-venture, que nos permitirá avançar na transição energética de forma mais eficiente em termos de capital, oferecendo soluções renováveis competitivas”, declarou o CEO da Vale, Gustavo Pimenta.
HISTÓRICO
A Vale passou a ter 100% do capital da Aliança Energia em março de 2024, depois de ter adquirido 45% da Cemig (BVMF:CMIG4) (Companhia Energética de Minas Gerais) por R$ 2,7 bilhões.
Em junho do mesmo ano, comunicou ao mercado que avaliava “potenciais parceiros para essa plataforma, dentre os principais players do mercado de energia”. A intenção foi reforçada em setembro.
A transação ainda depende da aprovação de órgãos regulatórios competentes. Tanto a Vale quanto a Aliança Energia informaram que manterão o mercado atualizado sobre eventuais desdobramentos.
EXPANSÃO DA ALIANÇA ENERGIA
Com a conclusão da transação, a Aliança Energia passará a consolidar um portfólio significativo de geração elétrica. Entre os ativos que serão incorporados estão:
- Parque solar Sol do Cerrado;
- Consórcio Candonga (Usina Hidrelétrica Risoleta Neves);
- 6 usinas hidrelétricas em Minas Gerais;
- 3 parques eólicos nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará.
O conjunto dessas usinas totaliza 2.189 MW (megawatt) de capacidade instalada e 1.003 MW médios de garantia física.
SOBRE O GIP
O GIP é um dos maiores gestores de fundos de infraestrutura que existem, com um portfólio avaliado em cerca de US$ 170 bilhões.
No Brasil, a empresa controla, por meio da Atlas Renewable Energy, uma plataforma de geração de energia com 983 MW de capacidade instalada nos estados da Bahia, Ceará e Minas Gerais. Desde 2024, o GIP é controlado pela BlackRock (NYSE:BLK), a maior gestora de ativos do mundo.