Investing.com – Com preços mais vantajosos do que suas concorrentes no mercado brasileiro, os produtos da Shein ficaram mais caros e com menor vantagens frente aos players nacionais. Pesquisa do banco BTG (BVMF:BPAC11) com 8 produtos da gigante do e-commerce mostra que os itens comercializados no Brasil são 29% mais caros do que nos Estados Unidos, sendo a cesta local uma das mais caras entre as operações a nível mundial.
De acordo com os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, os produtos da plataforma chinesa são 26% mais baratos do que os da Renner (BVMF:LREN3), 22% mais vantajosos do que os da Riachuelo, da Guararapes (BVMF:GUAR3), e com preços 17% menores em relação à C&A (BVMF:CEAB3).
“Comparando os resultados com a nossa pesquisa de abril, a diferença de preços entre a Shein e outros players locais diminuiu. Movimentos recentes de Shein de expandir o fornecimento local (embora o ritmo desta estratégia seja incerto) deve diversificar a sua produção, melhorar os níveis de serviço e alavancar o já elevado envolvimento e tráfego orgânico em sua plataforma (com maior duração de visita e páginas por visita do que pares)”, destacam os analistas.
No entanto, com um eventual aumento da tributação, a Shein deve competir com condições mais próximas do que as empresas locais, que “enfrentam desafios semelhantes em aumentar a capacidade de produção local, embora a sua rapidez de colocação no mercado e o seu poderoso impacto social com abordagem de vendas continue sendo um grande ponto forte em um mercado altamente competitivo”, completam, indicando que haveria um ambiente mais aberto para players internacionais nos últimos anos, o que levou os esforços para entrada no mercado brasileiro de players como Shein e Shopee.
Às 14h50 (de Brasília) desta segunda, 16, as ações da Renner subiam 2,29%, a R$12,98.
Os papéis da Guararapes perdiam 1,70%, a R$5,20.
A C&A, por sua vez, ganhava 1,60%, a R$5,08.