ESTOCOLMO (Reuters) - A varejista de moda sueca Hennes & Mauritz está focando em seu perfil ético para impulsionar as vendas no longo prazo enquanto compradores se tornam mais interessados em como as roupas são fabricadas assim como seu impacto ambiental, disse sua nova diretora de sustentabilidade.
A indústria da moda tem ficado sobre crescente pressão para cortar o uso de água e de pesticidas na cultura de algodão, reduzir a poluição causada pelas fábricas têxteis e melhorar as condições em suas fábricas, particularmente após o colapso do complexo Rana Plaza em Bangladesh dois anos atrás.
Não há consenso sobre se as empresas estão fazendo o suficiente. Enquanto o grupo de defesa dos direitos dos trabalhadores Clean Clothes Campaign acusou a H&M de usar a questão da sustentabilidade como marketing, a revista Corporate Knights declarou que a empresa está entre uma das mais sustentáveis.
Anna Gedda, chefe de sustentabilidade da H&M, está determinada que a última visão irá prevalecer. Gedda, que se reporta diretamente ao presidente-executivo Karl-Johan Persson, disse que os clientes H&M estão demandando mais transparência sobre a origem das roupas que compram.
"Vemos isso no volume de perguntas que recebemos por e-mail, nas lojas e nas pesquisas com consumidores. As pessoas estão cientes e querem mais informação sobre questões sociais e ambientais", disse à Reuters.
Diversos grupos de moda, incluindo a maior rival da H&M, a Inditex (MADRID:ITX), ampliaram seus esforços sobre questões sociais e ambientais nos últimos anos. A H&M, que foi relativamente rápida ao reconhecer a importância de questões éticas para os consumidores, tem sido uma das mais ativas.
(Por Anna Ringstrom)