Por James Davey e Neil Maidment
LONDRES (Reuters) - A Tesco (LONDON:TSCO) divulgou nesta quarta-feira que teve prejuízo anual de 6,4 bilhões de libras (9,5 bilhões de dólares), o pior em sua história de 96 anos, após consumidores deixarem de frequentar a maior varejista britânica e a forçarem a realizar uma baixa contábil no valor de suas lojas.
Afetado por um escândalo contábil e uma guerra de preços motivada pelas varejistas mais em conta Aldi e Lidl, o supermercado realizou uma baixa contábil de 7 bilhões de libras no valor de seu negócio para refletir encargos com restruturação e as menores vendas de suas lojas.
A perda estatutária é uma das maiores na história das empresas britânicas.
"O mercado ainda está desafiador e não estamos esperando nenhum afrouxamento nos meses à frente", disse o presidente-executivo da empresa, Dave Lewis, ex-executivo da Unilever (LONDON:ULVR) que impressionou investidores com sua atitude decisiva desde que entrou na empresa em setembro.
Analistas afirmaram que os resultados anuais ficaram em linha com as expectativas, mas que a baixa contábil foi maior que o previsto.
O chamado "trading profit" da Tesco, semelhante ao lucro operacional, ficou em 1,4 bilhão de libras, em linha com a meta da companhia, mas menos da metade dos 3,3 bilhões de libras registrados no ano anterior e um terceiro ano consecutivo de baixa.