Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - As empresas de varejo também estão sendo penalizadas pela preocupação do mercado com a nova cepa do coronavírus, identificada na África do Sul. Às 16h27, os papéis da Magalu (SA:MGLU3) caíam 6,67%, a R$ 8,11, os das Lojas Americanas (SA:LAME4) recuavam 4,66%, a R$ 5,53, e os da Via (SA:VIIA3) se desvalorizavam 4,37%, a R$ 5,69.
As ações do Mercado Livre (NASDAQ:MELI) em Nova York recuavam 1,05%, a US$ 1.259, enquanto os BDRs (SA:MELI34) negociados na B3 (SA:B3SA3) perdiam 3,21%, a R$ 59,43.
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Falando sobre o varejo de vestuário, as Lojas Renner (SA:LREN3) caíam 4,94%, a R$ 29,26 enquanto a Marisa (SA:AMAR3) despencavam 6,83%, a R$ 3,82.
Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos, explica que essa nova cepa de Covid-19 tem mutações mais agressivas e que “o maior receio do mercado, é que as vacinas não sejam tão eficazes contra essa variante”, o que diminui a confiança.
“O Varejo tem um impacto bastante importante por causa de um aumento na ponta longa dos juros. Quanto maior o risco Brasil, mais a ponta de juros sobe e mais o varejo sofre“, explica Vella.
Essa preocupação com a eficácia das vacinas também é compartilhada por Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos. “Se os imunizantes são eficientes contra essa nova variante, no curto prazo não há grandes mudanças, porque o Brasil está em um ritmo bom de vacinação e isso não deve impactar o ritmo de liberação dos lockdowns”, comenta o especialista.
Porém, Franchini pontua que no médio prazo, isso pode afetar a confiança do consumidor, pois o varejo depende das pessoas frequentando os estabelecimentos físicos: “não podemos pensar só no comércio digital”.