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Veja as ações mais indicadas pelas corretoras em maio

Publicado 05.05.2019, 17:35
Atualizado 06.05.2019, 09:00
© Reuters.  As ações mais indicadas pelas corretoras em maio
USD/BRL
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BVSP
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RAIL3
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BBAS3
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BBDC4
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BRKM5
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CSAN3
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GGBR4
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ITUB4
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JBSS3
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PCAR4
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PETR4
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RENT3
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VALE3
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BPAC11
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IRBR3
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SUZB3
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Arena do Pavini - Abril não foi um mês fácil para o mercado acionário brasileiro. Dificuldades do governo Jair Bolsonaro em articular a aprovação da reforma da Previdência e atitudes intervencionistas de caráter populista do presidente na Petrobras e no Banco do Brasil preocuparam os investidores, que haviam puxado o Índice Bovespa para 100 mil pontos durante o pregão de 18 de março.

O índice vem patinando desde então, entre 91 mil e 96 mil pontos, fechando abril em 96.353 pontos, de acordo com as idas e vindas do governo, que se refletiram também na economia real. A atividade cresceu menos que o esperado no início do ano e o país pode registrar queda no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.

Tudo isso pode ser relevado com o argumento de que o governo Bolsonaro está em sua “curva de aprendizado“, indo e voltando até encontrar o caminho certo de governar. Até porque a maioria de seus integrantes nunca exerceu cargos públicos. E, mesmo com tantas idas e vindas, o projeto de reforma da Previdência passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e já está na Comissão Especial. Essa é a visão do mercado, que a reforma da Previdência vai ser aprovada e com isso a bolsa de valores ainda é o melhor investimento para este ano.

A essa instabilidade, porém, deve continuar e, aos tropeços do governo, junta-se a má fama do mês de maio. “Sem sermos pessimistas, maio, nos últimos anos, trouxe surpresas bem desagradáveis para o mercado”, afirmam os analistas da Elite Investimentos, Alexandre Marques e Louise Barsi, da Elite Investimentos em relatório. “Em 2017, a bomba da gravação da conversa do então presidente Michel Temer com um dos sócios da JBS (SA:JBSS3), Joesley Batista, e em 2018, a greve dos caminhoneiros que paralisou o país”, lembram.

Para maio, a Elite continua a recomendar uma carteira mais conservadora enquanto a volatilidade com o vai-e-vem da reforma da Previdência continuar. “Estarão no radar os resultados das empresas do primeiro trimestre e as articulações para as próximas assembleias de acionistas”, diz a corretora.

Perdas e ganhos em abril e Petrobras em destaque

A instabilidade da bolsa fez as carteiras recomendadas pelas corretoras acompanhadas pelo Portal do Pavini apresentarem resultados bem díspares. Algumas tiveram ganhos de até 8% enquanto outras tiveram perdas. Mas, no geral, todas as corretoras seguem otimistas com a bolsa e veem oportunidades especialmente em Petrobras, bancos, varejo e consumo, com Pão de Açúcar, Localiza e Cosan. Até a Vale voltou a ganhar força este mês, com cinco indicações (eram quatro em abril).

Itaú perdeu espaço nas carteiras, de segundo papel, com seis indicações, agora tem quatro. O banco divulgou seu balanço do primeiro trimestre na semana passada com um lucro maior e melhor rentabilidade, mas teve de revisar as estimativas para o ano por conta da disputa no segmento de maquinhas de cartões.

Rumo (SA:RAIL3) e Suzano (SA:SUZB3), que tinham 6 e 5 indicações, respectivamente, tiveram três indicações este mês.

Confira abaixo as ações mais indicadas em maio entre 17 corretoras.

As preferidas das corretoras
Maio Indicações
Petrobras PN (SA:PETR4) 10
Banco do Brasil (SA:BBAS3) 9
Bradesco (SA:BBDC4) 7
Pão de Açúcar (SA:PCAR4) 7
Localiza (SA:RENT3) 6
Braskem (SA:BRKM5) 5
IRB Brasil ON (SA:IRBR3) 5
Vale ON (SA:VALE3) 5
Cosan (SA:CSAN3) 4
Gerdau (SA:GGBR4) 4
Itaú Unibanco (SA:ITUB4) 4

Corretoras esperam mais discussões na Previdência

Já André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, acredita que os ruídos devem diminuir. Uma vez aprovada na CCJ, a reforma da Previdência deve agora entrar em uma fase de discussões mais acaloradas na comissão especial. Mas como a relatoria do projeto na comissão está nas mãos de um tucano, a administração dos ânimos será melhor encaminhada do que foi pelo PSL na CCJ, espera o economista. Perfeito espera também dados melhores na economia e maior estabilidade no dólar.

Diante disso, ele vê espaço para valorização maior da renda variável, também pela safra de balanços do primeiro trimestre, que pode trazer boas notícias para as empresas. Na renda fixa, depois da alta das taxas em abril, ele espera ganhos com papéis corrigidos pela inflação, as NTN-Bs, e recomenda uma carteira 50% nesses papéis com vencimento em 2024 e 50% em juros pós-fixados, ou Selic.

BTG vê reforma de R$ 600 bi

Outro banco que segue otimista com a bolsa é o BTG Pactual (SA:BPAC11), que espera a aprovação de uma reforma da Previdência mais magra, com economia em torno de R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões em 10 anos. A aprovação da reforma levaria a um cenário do Índice Bovespa chegando aos 113 mil pontos rapidamente, espera o banco. O BTG vê também crescimento dos lucros das empresas.

Lucro das companhias pode crescer 25%

Os resultados das companhias também podem influenciar o mercado em maio, com muitas empresas divulgando seus balanços do primeiro trimestre.

Apesar do primeiro trimestre difícil na economia, o BTG espera que, na média, o lucro das companhias , excluindo Petrobras e Vale, que por seu tamanho distorcem o estudo, cresça este ano 25%, depois de subir 23% no ano passado. Companhias voltadas para o mercado interno teriam um aumento de lucros de 21,5%, para 16,7% em 2018. E maior lucro significa mais valor para as empresas e suas ações.

Há quatro meses, o banco estava menos otimista com as empresas, prevendo um crescimento de lucro de 16,5%. A mudança veio da base de comparação menor, já que o lucro das empresas em 2018 foi abaixo do esperado pelo BTG.

Outra parte do aumento do lucro vem da redução do endividamento das companhias. A relação entre a dívida das empresas e sua geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda) caiu de 2 vezes no fim de 2015 para 1,7 vezes no fim de 2018. E essa redução deve continuar este ano e no próximo.

O receio, porém, é que a piora da economia se agrave e acabe reduzindo esse lucro das empresas e leve os bancos a revisarem suas projeções de lucros. Foi o que aconteceu no ano passado, lembra o BTG.

Por Arena do Pavini

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