Por Sam Boughedda
Investing.com - Analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) disseram aos investidores, em uma nota emitida na quarta-feira, que havia boas e más notícias para os mercados acionários e outras classes de ativos de risco em 2023.
Ao explicar o posicionamento do JPMorgan no início do ano, eles afirmaram que, até o fim do último verão nos EUA, acreditavam que as empresas e os consumidores resistiriam bem aumentos de juros, à destruição de patrimônio e à incerteza geopolítica mundial e, por isso, defendiam que as correções dos ativos de risco seriam uma boa oportunidade para realizar compras. No entanto, diante da mudança da expectativa de taxas de juros de 3% para 5% e do acirramento das tensões geopolíticas no início da primavera, o JPMorgan abandonou seu otimismo no curto prazo.
Eles afirmaram que o banco acredita em um enfraquecimento maior do mercado e da economia, em razão de um excesso de aperto monetário por parte dos bancos centrais.
“A boa notícia é que os bancos centrais provavelmente serão forçados a mudar de postura e cortar os juros em algum momento do ano que vem, o que resultará em uma recuperação sustentada dos preços dos ativos e, consequentemente, da economia até o fim de 2023”, explicaram os analistas.
“Nesse momento, os mercados provavelmente direcionarão suas atenções para os melhores fundamentos econômicos e corporativos em 2024, promovendo a elevação dos preços. A má notícia é que isso exigirá que os bancos centrais (principalmente o Fed) cortem as taxas de juros e, para haver uma mudança de postura, precisaremos ver uma combinação de queda econômica, aumento do desemprego, volatilidade no mercado e correção maior nos ativos de risco, em conjunto com a queda da inflação. Tudo isso gera um risco de desaceleração no curto prazo”, acrescentaram.
Os analistas declararam que a visão do JPMorgan sobre os mercados de risco em 2023 consiste de dois períodos: turbulência no mercado e declínio econômico, forçando cortes de juros e a subsequente recuperação econômica e dos ativos.