Investing.com — As ações da Vibra Energia (BVMF:VBBR3) recuavam forte após a companhia reportar queda no lucro líquido nos últimos três meses do ano. Às 11h15 (de Brasília), os papéis desabavam 6,53%, a R$13,32.
A Vibra Energia registrou um lucro líquido de R$566 milhões no quarto trimestre de 2022, queda anual de 44,8%. “Cabe ressaltar que esses resultados foram obtidos sob forte volatilidade de preços das commodities e da demanda de combustíveis em 2022, com efeitos agravados pela limitação de oferta no mercado nacional e pelo descolamento entre os preços de produtos nacionais e importados”, detalhou a Vibra em release de resultados, apontando ainda “as ações sem precedentes implementadas por parte de governo federal, legisladores, governos estaduais e órgão regulador, visando a redução de preços de combustíveis, culminando em fortes reduções da carga tributária sobre nossos produtos, além da postergação de metas de aquisição de CBIOs, com fortes impactos em nossas operações.
A Vibra ainda anunciou hoje que, com saída de André Corrêa Natal, vice-presidente de Finanças, Compras e Relações com Investidores em 31 de março, o atual diretor de Finanças, Rodrigo Guimarães Galvão, deve passar a exercer as funções até a conclusão do processo sucessório.
Na visão do banco BTG (BVMF:BPAC11), o trimestre mostra o quanto o mercado de distribuição de combustíveis mudou, diante de uma perda de estoque tão elevada quanto a dos concorrentes.
“A margem unitária normalizada não só excedeu nossas expectativas, mas também o fez enquanto seus principais concorrentes lutavam, mesmo de pontos de vista normalizados”, destacam os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares, que enxergam esse ponto como uma conquista, diante de um equilíbrio na precificação e aquisição de combustível com boa proposta de valor para revendedores.
A expectativa do BTG é de um ano mais calmo pela frente, com novos empreendimentos começando a agregar valor à companhia.
“Os investidores que esperam que a distribuição de combustível seja um negócio estável permanecerão decepcionados, desde que as importações continuem a ser a norma, juntamente com preços significativamente dependendo do fornecedor”, alertam os analistas, reforçando que a empresa deve continuar a ser obrigada a negociar os combustíveis, resultando em volatilidade nas margens dos próximos trimestres.
O BTG possui classificação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo em doze meses de R$28.