Demanda constitucionalmente impossível dos EUA barra negociações sobre tarifaço, diz Haddad
Investing.com — A BCA Research adotou uma visão notavelmente pessimista sobre as ações dos EUA, prevendo que o S&P 500 cairá para 4450 até o final de 2025, significativamente abaixo das expectativas de consenso.
"Esta é, de longe, a previsão mais baixa na pesquisa da Bloomberg", observaram os estrategistas da BCA liderados por Peter Berezin. A projeção assume uma queda nas estimativas de lucros futuros e um declínio no múltiplo preço-lucro (P/L) para 18, que ainda estaria acima da média pré-pandemia.
A perspectiva pessimista surge em um contexto de desaceleração econômica esperada. A BCA prevê uma recessão global, impulsionada por um consumo mais fraco e pressões inflacionárias persistentes.
A inflação impulsionada por tarifas restringirá a capacidade de ação dos bancos centrais, prolongando a duração da desaceleração, disse a empresa.
Em tal cenário, setores cíclicos provavelmente terão desempenho inferior, enquanto setores defensivos como utilidades e saúde podem proporcionar estabilidade relativa.
No front das commodities, a BCA projeta uma forte queda nos preços do petróleo. "Em um cenário recessivo, esperaríamos que o preço do petróleo Brent caísse temporariamente para $50 por barril", disseram os estrategistas.
Fatores como a mudança para uma economia verde e o aumento da produção de petróleo dos EUA devem pesar sobre os preços. Além disso, a capacidade da OPEP de controlar os preços pode diminuir à medida que a produção dos EUA continua a expandir.
O ouro, por outro lado, é visto como um ativo preferencial. O preço do metal amarelo subiu 85% desde outubro de 2022, e a BCA argumenta que preocupações com a solvência governamental e riscos geopolíticos contínuos manterão a demanda forte.
"Embora alguns possam argumentar que isso é um sinal de que o ouro está sobrevalorizado, nós argumentaríamos que o preço real dos metais preciosos deve apresentar tendência de alta ao longo do tempo, em linha com a tendência geral da riqueza global. Isso sugere que os preços do ouro ainda têm potencial de alta", continuaram os estrategistas.
Enquanto isso, a BCA espera que o dólar americano se fortaleça no curto prazo antes de enfrentar ventos contrários de longo prazo.
Embora as tensões comerciais e as taxas de juros elevadas possam fornecer suporte temporário, o dólar permanece caro.
Em relação à sua taxa de câmbio de Paridade do Poder de Compra (PPC), a BCA estima que o dólar está 22% sobrevalorizado. No entanto, a equipe da BCA reconhece que alcançar um enfraquecimento sustentado do dólar será difícil sem uma mudança importante nos diferenciais de taxas de juros.
"No ambiente atual, é improvável que qualquer um dos principais bancos centrais se abstenha de cortar taxas simplesmente para agradar Trump", afirma a nota.
A BCA disse que o iene japonês é sua moeda favorita para o restante do ano, destacando-o como uma sólida proteção contra recessão.
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