Por Lewis Krauskopf
(Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiram nesta terça-feira, com um rali em ações do setor saúde e nos preços do petróleo enquanto alguns países e Estados norte-americanos aliviaram restrições de combate ao coronavírus, na tentativa de reavivarem suas economias.
Os índices desaceleraram acentuadamente a alta ao final da sessão, depois de o vice-chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Richard Clarida, fazer comentários desanimadores sobre a profundidade da contração econômica.
Alguns países fortemente atingidos, incluindo Itália, e alguns Estados dos EUA, como Califórnia, estão provisoriamente diminuindo as ordens de paralisação nesta semana, aumentando as esperanças de uma recuperação na demanda de petróleo.
As ações de assistência médica lideraram os ganhos entre os setores do S&P 500, seguindo a evolução dos esforços para controlar o coronavírus por parte de Pfizer e Regeneron Pharmaceuticals.
"Estamos começando a ver alguns Estados reabrirem, estamos começando a ver alguma atividade", disse Paul Nolte, gestor de portfólio da Kingsview Investment Management. "Provavelmente estamos agora no meio do pior período e as coisas vão melhorar gradualmente a partir daqui."
O Dow Jones avançou 0,56%, encerrando em 23.883,09 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,90%, para 2.868,44 pontos. O Nasdaq valorizou 1,13%, para 8.809,12 pontos.
Papéis de grandes empresas de tecnologia e internet, como Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Apple (NASDAQ:AAPL), também avançaram, elevando os índices.
As ações da Pfizer tiveram alta de 2,4%, depois que a farmacêutica disse que ela e sua parceira alemã haviam começado a administrar doses de vacinas experimentais contra o coronavírus para testes em humanos.
Os papéis da Regeneron Pharmaceuticals se valorizaram 6%, após a empresa dizer que seu coquetel de anticorpos experimental para o Covid-19 pode estar disponível para utilização até o fim do verão (no Hemisfério Norte).
As ações têm se recuperado acentuadamente desde o fim de março, depois das fortes vendas causadas pelo coronavírus, auxiliadas por um grande estímulo monetário e fiscal.
Agora, investidores estão observando esforços de vários Estados que tentam estimular suas economias, afrouxando as restrições impostas para combater o surto.
Clarida disse durante entrevista à CNBC que a economia dos EUA provavelmente se contrairá acentuadamente durante o segundo trimestre como resultado das paralisações intencionais dos negócios. Mas disse também que há uma chance de que a recuperação possa começar no segundo semestre do ano.
(Reportagem adicional de April Joyner em Nova York, Medha Singh e Shreyashi Sanyal em Bengaluru)