Xiomi enfrenta queda em vendas de carros elétricos na China após colisão

Publicado 14.05.2025, 08:43
Atualizado 14.05.2025, 08:46
© Reuters. SU7, carro elétrico da Xiomi, é exibido em Pequim.nREUTERS/Tingshu Wang

XANGAI (Reuters) - A Xiaomi (HK:1810) está observando uma queda nas encomendas por seu sedã elétrico SU7, disseram analistas nesta quarta-feira, enquanto a empresa enfrenta crescente aversão dos consumidores após uma colisão que matou três pessoas no mês passado.

O veículo elétrico esportivo da Xiomi tornou-se rapidamente um sucesso entre os motoristas chineses após seu lançamento em março do ano passado. Em dezembro, as vendas do SU7 ultrapassaram os emplacamentos mensais do Model 3, da Tesla (NASDAQ:TSLA), no maior mercado automotivo do mundo.

Mas a Xiaomi agora está enfrentando uma forte repercussão negativa dos consumidores que começou no mês passado após a colisão envolvendo um carro da companhia. O choque ocorreu depois que um SU7 que estava a 97 km/h em modo de direção assistida colidiu em poste. O veículo pegou fogo e o motorista e dois passageiros morreram.

O episódio, que ainda está sendo investigado, provocou uma ampla discussão pública sobre a segurança da tecnologia de direção assistida da Xiaomi. Desde então, órgãos reguladores chineses têm reforçado ainda mais a fiscalização sobre o marketing e a promoção de tais recursos.

A Xiaomi não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.

As vendas do SU7 caíram 55% em abril em relação a março e a tendência continuou em maio, com 13.500 vendas nas duas primeiras semanas do mês, disseram analistas do Deutsche Bank. Isso se compara a 23.000  unidades do carro somente na segunda semana de março.

Um blogueiro chinês que se autodenomina A Zu disse à Reuters que criou um aplicativo que permite que os compradores enviem suas informações de compra e entrega dos carros em uma tentativa de entender melhor os padrões da Xiaomi.

Quando verificado pela Reuters nesta quarta-feira, o aplicativo oficial da Xiaomi apresentou prazos de entrega estimados que variavam de 26 semanas a 11 meses.

Um proprietário de um SU7, A Zu, que não quis compartilhar seu nome verdadeiro, disse que espera que a Xiaomi possa ser mais transparente com os clientes sobre os prazos de entrega.

A Xiaomi há muito tempo emprega táticas de marketing muito bem-sucedidas para vender produtos eletrônicos, como smartphones, disseram os analistas da empresa de consultoria chinesa LandRoads.

"Mas, diferentemente dos produtos digitais de consumo, o automóvel envolve processos de tomada de decisão de compra mais longos e um investimento maior por parte dos consumidores, que terão exigências mais altas em relação à capacidade da marca de cumprir promessas e sua credibilidade de longo prazo", disse.

(Por Zhang Yan, Qiaoyi Li, Brenda Goh)

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