LONDRES (Reuters) - A rede de varejo têxtil Zara disse nesta terça-feira que lamenta o "mal-entendido" sobre uma campanha publicitária da companhia que exibiu estátuas enroladas em branco que desencadeou pedidos de boicote por parte de alguns ativistas pró-palestinos. A empresa disse que removeu as imagens.
Milhares de reclamações sobre a campanha foram deixadas na conta da Zara no Instagram. As manifestações alegam que as imagens se assemelhavam a fotos de cadáveres em mortalhas brancas em Gaza. A hashtag "#BoycottZara" foi tendência na rede social X.
A Zara disse que a campanha, que também mostrou manequins sem membros, havia sido concebida em julho e fotografada em setembro, antes do início do conflito em outubro, e tinha como objetivo mostrar obras inacabadas no estúdio de um escultor.
"Infelizmente, alguns clientes se sentiram ofendidos por essas imagens, que agora foram removidas, e viram nelas algo muito diferente do que pretendiam quando foram criadas", disse a companhia no Instagram. As imagens foram usadas "com o único propósito de mostrar peças de vestuário artesanais em um contexto artístico", acrescentou.
Seis publicações que mostravam a campanha foram removidas da página da Zara no Instagram, e a empresa controladora Inditex (BME:ITX) disse que as fotos foram retiradas de todas as plataformas. A Zara já havia retirado a sessão de fotos "Atelier" das páginas iniciais de seu site e aplicativo na segunda-feira.
A coleção "Atelier", formadas por seis jaquetas, é uma das mais caras da Zara, com preços que variam de 229 dólares para um blazer de lã cinza com mangas de tricô grossas a 799 dólares para uma jaqueta de couro com tachinhas. As jaquetas ainda estão à venda nos sites da Zara.
(Por Helen Reid em Londres e Corina Pons em Madri)