(Reuters) - As ações da Equifax chegaram a cair 18 por cento nesta sexta-feira, depois que o provedora de pontuações de crédito dos consumidores revelou que os dados pessoais de cerca de 143 milhões norte-americanos provavelmente foram roubados por hackers, em uma das maiores violações de dados nos Estados Unidos.
A Equifax, com sede em Atlanta, disse na quinta-feira que descobriu a violação em 29 de julho e que os criminosos exploraram uma vulnerabilidade em um aplicativo para obter acesso a determinados arquivos que incluíam nomes, números de Seguridade Social e de carteiras de motoristas.
"Obviamente, o tamanho e o alcance desta violação provavelmente gerarão uma série de manchetes negativas para a EFX que pesarão em sua marca no futuro próximo", escreveu o analista da Barclays (LON:BARC), Manav Patnaik, em uma nota.
O ataque cibernético ocorreu quase dois anos depois que a Experian (LON:EXPN), a maior rival da Equifax, relatou uma violação de dados que expôs dados pessoais sensíveis de cerca de 15 milhões de pessoas.
As contas dos consumidores foram acessadas por hackers entre meados de maio e julho, disse a Equifax na quinta-feira, acrescentando que informações de alguns residentes do Reino Unido e do Canadá também foram obtidas no ataque.
O Escritório da Comissária de Informações (ICO) do Reino Unido disse que o vazamento "nos preocupa". O vice-comissário James Dipple-Johnstone disse que o regulador aconselhará a Equifax a notificar os clientes britânicos afetados o mais breve possível.
As ações da Equifax, que tinham subido 21 por cento este ano, operavam em queda de 15 por cento às 11h42 (horário de Brasília, a 123,18 dólares, depois de terem sido negociadas a 117,25 dólares mais cedo na sessão -- cotação mais baixa em mais de sete meses.
A Equifax maneja dados de mais de 820 milhões de consumidores e mais de 91 milhões de empresas em todo o mundo e gerencia um banco de dados com informações de funcionários de mais de 7.100 empregadores, de acordo com seu site.
(Por Aishwarya Venugopal e Sweta Singh)