Os analistas do Bernstein estão céticos com os negócios da Apple (NASDAQ:NASDAQ:AAPL) na Índia, questionando se o crescimento da empresa no país conseguirá seguir a mesma fórmula adotada na China.
Os analistas informaram aos investidores, em uma nota emitida nesta segunda-feira, 22, que a receita da Apple nos mercados emergentes se manteve relativamente estável, como porcentagem da receita total da companhia, na última década.
"Além disso, em comparação com outras marcas de consumo/luxo, a porcentagem de receita da Apple nessas regiões parece estar na média e, portanto, não indica uma subpenetração estrutural óbvia", escreveram os analistas, que classificam a ação como “market perform” (na média), com preço-alvo de US$ 175.
No cenário otimista, a expectativa é que a Índia se torne o próximo grande mercado para a Apple, assim como a China. Os analistas afirmaram que, se isso acontecer, a Índia poderia apresentar um crescimento anual de mais de 40% e contribuir com mais de 200 pontos-base de aumento nas vendas de iPhones e na receita total da empresa nos próximos cinco anos. No entanto, eles expressaram ceticismo em relação à possibilidade de os negócios da Apple na Índia seguirem necessariamente a trajetória de crescimento observada na China.
Os analistas também destacaram a importância desproporcional que a China tem para a Apple e para marcas de consumo premium/luxo. Essa dinâmica já era verdadeira em 2009, quando a China estava em uma fase de desenvolvimento semelhante à atual situação da Índia.
“Além disso, os economistas alertam que o crescimento econômico sustentado de 7% a 9% na Índia pode ser mais desafiador de alcançar do que na China, devido a uma economia menos centralizada e favorável aos negócios, baixa quantidade de empregos na indústria manufatureira (11% em comparação com 28% na China) e uma taxa de emprego muito baixa entre as mulheres (24% em comparação com 61% na China)”, concluíram os analistas.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou em nota que o headset de hAR/VR da empresa pode ter sucesso onde outros não conseguiram, enquanto a Loop Capital rebaixou a classificação das ações para "manutenção", devido a pressões macroeconômicas.