WASHINGTON (Reuters) - Funcionários da Casa Branca se reúnem nesta segunda-feira com executivos de cerca de 20 grandes empresas para discutir a escassez global de semicondutores, que prejudicou a indústria automotiva e as empresas de tecnologia.
Um grupo da indústria automobilística dos EUA pediu nesta semana que o governo ajudasse com a questão e alertou que uma escassez global de semicondutores pode inviabilizar a fabricação de 1,28 milhão de automóveis neste ano, além de interromper a produção por mais seis meses.
No fim de semana, a General Motors (NYSE:GM) (SA:GMCO34) cancelou mais turnos de produção de picapes em duas fábricas nos EUA.
"Tentar lidar com as cadeias de abastecimento num momento de crise resulta em críticas vulnerabilidades a segurança nacional", disse Sullivan em comunicado.
As montadoras foram atingidas de forma particularmente dura pela escassez global de chips, após muitos pedidos de automóveis serem cancelados quando as fábricas estavam paradas por conta da pandemia de Covid-19.
E quando estavam prontas para retomar a produção, as montadoras descobriram que os fabricantes de chips estavam ocupados atendendo a pedidos da indústria de eletrônicos de consumo, que viu a demanda por dispositivos premium - tanto para trabalho quanto para lazer - crescer à medida que as pessoas passavam mais tempo em casa.
Empresas de banda larga de internet, celulares e TV a cabo também enfrentam atrasos no recebimento de "switches de rede, roteadores e servidores… os atrasos associados à escassez de semicondutores resultarão em um impacto de centenas de milhões de dólares para a indústria de banda larga e TV a cabo neste ano", disse um grupo da indústria esta semana.
O presidente Joe Biden quer dedicar pelo menos 100 bilhões de dólares para impulsionar a produção de semicondutores dos EUA, e financiar investimentos para apoiar a produção de bens essenciais. Mas as autoridades disseram que este financiamento não atenderá às necessidades de chips a curto prazo.
(Reportagem de David Shepardson)