A Claro realizou em Brasília a sua primeira prova de conceito do 5.5G, ou 5G Advanced, que é a evolução da internet móvel de quinta geração, o 5G.
As demonstrações da Claro, feitas ao ar livre, tiveram picos de 10,4 gigabytes por segundo (Gbps) de velocidade, o que é cerca de 10 vezes maior que a registrada nos picos do 5G convencional, e foi considerado um marco na história da companhia. A Claro tem a expectativa de obter velocidades entre 6 Gbps e 9 Gbps quando estiver operando comercialmente o 5.5G, isto é, com as frequências e equipamentos compatíveis.
A Huawei participou dos testes, fornecendo os equipamentos de rede de acesso da estação rádio-base. A Claro utilizou uma antena no Lago Sul, em Brasília, para prover as frequências ao ar livre; e dois modems de internet móvel (CPE/FWA) para agregar frequências. O espectro utilizado envolveu 800 MHz de ondas milimétricas, além de frequências já utilizadas no 5G, totalizando 1.070 MHz de banda agregada para transmissão de dado.
"A tecnologia evolui quando ampliamos a capacidade e a complexidade nos testes. E foi o que fizemos em Brasília. Tiramos a tecnologia das quatro paredes, do laboratório, e levamos o 5.5G para a rua. Certamente, há um caminho longo a ser percorrido, na evolução do 5G, na utilização das frequências, na disponibilização de equipamentos e no mercado. Mas são resultados importantes", afirmou, em nota, Paulo Cesar Teixeira, presidente da unidade de consumo e empresas da Claro.
O 5.5G deve dar suporte a serviços mais avançados, como realidade virtual e internet das coisas. Diversas aplicações poderão utilizar a nova tecnologia e melhorar a experiência na conexão de pessoas, veículos, indústrias, logística e agropecuária, entre outros.
"O entretenimento, por exemplo, será beneficiado em atividades em que necessitam de muita banda - como a utilização de óculos de realidade aumentada de última geração, uso simultâneo de televisores 8K, ou na disponibilização de internet em grandes eventos, como o carnaval. Mas o 5.5G vai além do consumidor tradicional", disse Teixeira.
A TIM (BVMF:TIMS3) e a Vivo também tiveram iniciativas do mesmo gênero neste ano.