Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira cinco autoridades de inteligência e um civil russos por conspirarem para lançar ataques digitais contra a Ucrânia e seus aliados, em uma tentativa de prejudicar Kiev.
Em indiciamento revisado publicado nesta quinta-feira, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que a unidade digital da inteligência russa conduziu “operações cibernéticas de larga escala”, começando em 2020, antes da invasão da Ucrânia, ocorrida em fevereiro de 2022.
Além de ter a Ucrânia como alvo, os indiciados também teriam atacado os sistemas de pelo menos 26 países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), buscando vulnerabilidades em cada um, de acordo com o indiciamento.
A embaixada da Rússia em Washington não respondeu imediatamente a um pedido para que comentasse por e-mail.
O indiciamento original, protocolado em junho em Maryland, nomeava apenas um réu: Amin Stigal. Ele era acusado de conspirar com a agência de inteligência militar russa para lançar ataques contra sistemas de computadores na Ucrânia e outros países, incluindo uma rede mantida por uma agência dos EUA não identificada naquele Estado.
Os outros indiciados são Yuriy Denisov, Vladislav Borovkov, Denis Denisenko, Dmitry Goloshubov e Nikolay Korchagin.
O indiciamento ocorre apenas um dia após os EUA tomarem uma série de medidas legais contra a Rússia com o intuito de se defender contra supostos esforços para prejudicar a eleição presidencial deste ano, incluindo a acusação contra dois funcionários da emissora de televisão estatal russa RT, além de aplicar sanções contra a rede e seu principal editor.
(Reportagem de Sarah N. Lynch em Washington e James Pearson (LON:PSON) em Londres; reportagem adicional de Simon Lewis em Washington)