Por Katie Paul e Stephen Nellis
(Reuters) - O Facebook (NASDAQ:FB) disse à Reuters na quinta-feira que a Apple (NASDAQ:AAPL) rejeitou sua tentativa de informar aos usuários que a empresa ficaria com uma taxa de 30% nas vendas de um novo recurso de eventos online, forçando o Facebook a remover a mensagem para poder lançar a ferramenta.
O Facebook disse que a Apple citou uma regra da App Store que impede os desenvolvedores de mostrar informações "irrelevantes" aos usuários.
"Agora, mais do que nunca, devemos ter a opção de ajudar as pessoas a entender para onde o dinheiro que gastam com pequenas empresas realmente vai. Infelizmente, a Apple rejeitou nosso aviso de transparência sobre a taxa de 30%, mas ainda estamos trabalhando para disponibilizar essas informações dentro da experiência do aplicativo", disse o Facebook em comunicado.
A Apple não respondeu a um pedido de comentário.
O Facebook anunciou no início deste mês que planeja lançar uma nova ferramenta que permitiria que influenciadores e outras empresas criassem eventos online pagos como uma forma de compensar a receita perdida durante a pandemia de Covid-19.
A empresa disse que pediu à Apple que a isentasse da taxa de 30% que a fabricante do iPhone cobra para compras dentro de aplicativos para que o Facebook pudesse repassar todas as receitas de eventos aos proprietários de empresas, mas a Apple recusou.
O Facebook tinha como objetivo avisar os usuários sobre a taxa da Apple, de acordo com protótipos da ferramenta, mas a Reuters descobriu na quinta-feira que a mensagem prometida não estava presente no novo recurso de eventos.
A gigante de mídia social também planejou dizer aos usuários da Play Store do Google que a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) não cobraria uma taxa, mas a mensagem também não foi exibida, descobriu a Reuters.