OTTAWA (Reuters) - O Canadá e o Google chegaram a um acordo para manter as notícias nos resultados de busca, com o gigante de internet concordando em pagar 100 milhões de dólares canadenses anualmente às editoras jornalísticas no país, disse a ministra do Patrimônio Canadense nesta quarta-feira.
O acordo resolve as preocupações do Google, empresa de propriedade da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), sobre a lei de notícias online do Canadá, que visa fazer com que grandes companhias de internet compartilhem a receita de publicidade com as empresas de notícias do país.
"Após semanas de discussões produtivas, tenho o prazer de anunciar que encontramos um caminho a seguir com o Google para a implementação da Lei de Notícias Online", disse a ministra do Patrimônio, Pascale St-Onge, em comunicado.
A lei, parte de uma tendência global para que as gigantes de internet paguem pelas notícias, foi aprovada pelo parlamento canadense em junho. O governo está finalizando regras que devem ser divulgadas até o prazo final de 19 de dezembro.
O Google havia dito que bloquearia as notícias em sua plataforma, afirmando que a lei canadense era mais rigorosa do que as legislações de Europa e Austrália. A empresa também havia levantado preocupações de que ficasse exposta a uma responsabilidade potencialmente ilimitada.
No mês passado, uma entidade setorial de notícias do Canadá apoiou algumas das preocupações do Google sobre a nova lei.
A Meta, outra gigante de internet que é alvo da lei, já bloqueou o compartilhamento de notícias no Facebook (NASDAQ:META) e no Instagram em função de preocupações com a legislação.
O acordo entre o Google e o Canadá foi informado inicialmente pela Canadian Broadcasting.
(Reportagem de Ismail Shakil em Ottawa)