Por Karina Dsouza
BENGALURU, Índia (Reuters) - A produção do iPhone, da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), não sofrerá grandes implicações pela suspensão das operações da fornecedora Foxconn (TW:2354) na cidade chinesa de Shenzen, que enfrenta novas restrições para conter um surto de Covid-19, disseram analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) (SA:JPMC34).
A Foxconn, que é a principal fornecedora da Apple, anunciou a interrupação das operações em Shenzhen até novo aviso. Segundo a empresa, fábricas reservas serão utilizadas para redução dos efeitos.
"Acreditamos que o impacto do bloqueio de Shenzhen na produção do iPhone deve ser limitado (aproximadamente 10%, no máximo, da produção global do iPhone), devido à baixa temporada e à pequena exposição da produção à Shenzhen”, escreveu o analista Gokul Hariharan em relatório na segunda-feira.
O JPMorgan disse que a região de Shenzhen representa menos de 20% da capacidade total de produção do iPhone pela Foxconn, com a grande maioria das linhas de montagem localizadas em Zhengzhou, um centro industrial e de transporte.
Muitas fábricas na China, incluindo unidades administradas pelas montadoras Toyota e Volkswagen (DE:VOWG), foram suspensas devido às restrições ligadas à Covid-19.
O banco não projeta um novo movimento de formação de estoques em todo o setor devido a essas suspensões de produção, mas alerta que lockdowns na região de Xangai podem ser mais críticos.
O lockdown em Shenzhen, o Vale do Silício da China, também não terá um grande impacto na produção de semicondutores, disse o banco, embora ressalte que o fornecimento global de painéis LCD pode ser prejudicado.
(Por Karina Dsouza)