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TIM avaliará oportunidades de consolidação, mas não negocia atualmente com Oi

Publicado 09.12.2015, 22:59
© Reuters.  TIM avaliará oportunidades de consolidação, mas não negocia atualmente com Oi
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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, reiterou nesta quarta-feira que a operadora analisará oportunidades de consolidação caso estas surjam no mercado, mas negou que haja negociações para uma fusão com a Oi em andamento.

"Quando olhamos para o futuro, é natural que haja oportunidades de consolidação. Se aparecerem, estaremos dispostos a analisar", disse.

Em encontro com jornalistas, o executivo negou-se a comentar se a crise do banco BTG Pactual (SA:BBTG11) teria impacto sobre a possibilidade de uma união com a rival. Segundo Abreu, até o momento a Oi não apresentou proposta de fusão com a TIM.

O BTG Pactual foi contratado no ano passado pela Oi para construir uma proposta de fusão da operadora, que enfrenta problemas de alto endividamento, com a TIM.

Executivos da Telecom Italia, controladora da TIM, disseram em outubro que a operação dependia de mudanças no marco regulatório de telecomunicação no país, uma vez que a Oi precisa cumprir uma série de obrigações com o governo federal por ser concessionária de telefonia fixa, o que representaria um ônus para a empresa.

Abreu declarou apostar que em 2016 haverá mudanças no marco regulatório do setor, especialmente no que se refere às concessões de telefonia fixa.

"O setor precisa ser saudável. Com o destravamento dessa questão, há incentivo ao investimento", disse.

Segundo Abreu, a abertura de consulta pública para debater o tema já foi um avanço. "A abertura da consulta pública foi um passo que nunca tinha sido dado", disse. "Mas isso não quer dizer que será fácil mudar o regime de concessão", disse, completando achar difícil que o tema seja resolvido no primeiro semestre, conforme previsto por reguladores.

O setor defende o fim das concessões de telefonia fixa, alegando que são onerosas, uma vez que preveem uma série de obrigações de universalização do serviço. As empresas defendem que o modelo seja de autorização, como ocorre na telefonia móvel, que tem metas mais flexíveis de cobertura.

A mudança é criticada por órgãos de defesa do consumidor e da sociedade civil, que defendem que em vez de reduzir, o governo federal deveria impor mais obrigações para as operadoras na cobertura de banda larga fixa no lugar de telefonia fixa.

Empresas e reguladores ainda não chegaram a um consenso sobre se as mudanças teriam de passar pelo Congresso Nacional.

Sobre a crise política no país, Abreu disse que esta não tem impacto nos planos de investimento da operadora no Brasil, apesar de prever que o cenário econômico permanecerá difícil em 2016.

"Mas as pressões inflacionárias tendem a cair por conta da forte redução do consumo", disse o executivo, antevendo inflação dentro da meta no ano.

(Por Luciana Bruno)

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